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Cristina Kirchner comparece à segunda audiência do julgamento

A ex-presidente da Argentina é julgada por fraude na concessão de obras públicas em seu governo

Argentina: empresários e membros do governo Kirchner também são investigados (Agustin Marcarian/Reuters)

Argentina: empresários e membros do governo Kirchner também são investigados (Agustin Marcarian/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de maio de 2019 às 11h22.

Buenos Aires — A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner compareceu nesta segunda-feira à segunda audiência do julgamento por suposta formação de quadrilha e fraude na concessão de obras públicas durante o período em que governou o país, de 2007 a 2015.

A atual senadora e candidata a vice-presidente chegou ao tribunal federal de Buenos Aires às 9h15 (mesmo horário de Brasília). Desta vez, não havia militantes em frente ao órgão, ao contrário do que aconteceu na terça-feira passada.

Até a última hora a presença de Cristina era aguardada com incerteza, já que na sexta-feira passada o Tribunal Oral Federal 2, que está encarregado do caso, a autorizou a não comparecer às primeiras audiências - quando são lidas as acusações - caso precise se ausentar por causa das funções como senadora. No entanto, hoje não há sessão no Senado.

Uma vez dentro do tribunal, Cristina sentou-se ao lado do advogado Carlos Beraldi na última fileira, longe dos demais acusados e consultando constantemente o telefone celular.

Entre os principais acusados estão o empresário Lázaro Báez; o ex-ministro de Planejamento Federal Julio De Vido e o ex-secretário de Obras Públicas José López, todos acompanhados dos respectivos advogados de defesa.

Nessas primeiras audiências, que ocorrerão nas segundas-feiras, o Ministério Público, o Escritório Anticorrupção e a Unidade de Informação Financeira, partes acusadoras, são as encarregadas de ler as acusações.

Cristina, que em 18 de maio anunciou a candidatura à vice-presidência para as eleições de outubro, é julgada por fraude na concessão de obras públicas na província de Santa Cruz - onde o ex-marido, Néstor Kirchner, nasceu e desenvolveu grande parte da carreira na política - a favor de empresas de Lázaro Báez, amigo do casal e atualmente detido.

Segundo a acusação, nos 12 anos kirchnerismo Báez ganhou mais de 50 licitações, 80% do total, e muitas ficaram inacabadas, tiveram preços acima do comum ou eram desnecessárias.

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