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Crise política pode empurrar Portugal a pedir ajuda externa

Oposição e governo se enfrentam em negociação sobre novo plano de austeridade

Teixeira dos Santos, ministro português: UE quer déficit em 4,6% do PIB em 2011 (Patricia de Melo Moreira/AFP)

Teixeira dos Santos, ministro português: UE quer déficit em 4,6% do PIB em 2011 (Patricia de Melo Moreira/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 14h16.

Bruxelas - A crise política de Portugal pode levar o governo a solicitar ajuda financeira externa, advertiu nesta segunda-feira o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

"Se acontecer uma crise política neste momento, vai criar grandes dificuldades ao país para acessar o mercado financeiro (para solicitar empréstimos) e acredito que isto implicará um risco em nossa capacidade de financiamento", declarou à imprensa, à margem de uma reunião com os colegas europeus em Bruxelas.

"Neste momento, a crise política contribui efetivamente para empurrar o país aos braços da ajuda estrangeira", completou.

O líder da oposição de centro-direita de Portugal, Pedro Passos Coelho, confirmou a rejeição à possibilidade de negociar com o governo socialista minoritário para permitir a adoção de um novo plano de austeridade considerado crucial pela União Europeia.

Saudado pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu (BCE), o novo programa de austeridade do governo português pretende "garantir" a redução do déficit público a 4,6% do PIB em 2011 e a 3% em 2012, para tranquilizar os mercados e tentar evitar o recurso de um plano de resgate financeiro.

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