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Crise na Venezuela: Colômbia pede reunião de emergência do Grupo de Lima

Na madrugada desta terça-feira, o líder da oposição, Juan Guaidó, divulgou um vídeo no qual afirma ter apoio de um grupo de militares

Venezuela: "A cessação definitiva da usurpação começou hoje", afirmou Guaidó nas redes sociais (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: "A cessação definitiva da usurpação começou hoje", afirmou Guaidó nas redes sociais (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de abril de 2019 às 10h26.

Bogotá — O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, pediu nesta terça-feira uma reunião urgente do Grupo de Lima para tratar da nova situação na Venezuela, onde um grupo de militares migrou para o lado do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.

"Faço um chamado a todos os países-membros do Grupo de Lima para que hoje continuemos com nossa tarefa de apoio ao retorno da democracia e da liberdade à Venezuela e para definirmos de comum acordo uma reunião de emergência", manifestou Trujillo no Twitter.

Guaidó, reconhecido presidente interino por diversos países, anunciou na madrugada desta terça-feira que "a família militar deu o passo" para se unir a ele e conseguir "a cessação definitiva da usurpação" que Nicolás Maduro faz do governo.

"A cessação definitiva da usurpação começou hoje", disse em um vídeo publicado no Twitter e no qual é possível vê-lo ao lado de um grupo de militares e do líder opositor Leopoldo López, que foi libertado hoje em Caracas, onde cumpria uma pena de quase 13 anos de prisão em regime domiciliar.

O chanceler colombiano acrescentou em outra mensagem que, por instruções do presidente Iván Duque, avançou "na comunicação com os países-membros do Grupo de Lima para convocar uma reunião de emergência para continuar apoiando com decisão o retorno da democracia e da liberdade à Venezuela".

O Grupo de Lima, do qual são membros Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia, foi criado na capital peruana em agosto de 2017 com o propósito de encontrar saídas à crise na Venezuela. No entanto, o México se manteve afastado desta iniciativa desde a chegada à presidência de Andrés Manuel López Obrador.

Na última reunião, realizada em 15 de abril, o Grupo de Lima pediu à comunidade internacional que tome medidas para isolar o governo de Maduro e ontem pediu às Nações Unidas que se mobilize para responder à crise humanitária vivida na Venezuela.

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