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Crise na Ucrânia: China apoia Rússia e faz alerta para os EUA

Em conversa com os EUA, China afirma que as preocupações de segurança da Rússia a respeito da crise na Ucrânia devem ser levadas a sério

China apoia Rússia durante crise na Ucrânia (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

China apoia Rússia durante crise na Ucrânia (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 06h46.

Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 08h36.

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A China pediu nesta quinta-feira ao governo dos Estados Unidos que as preocupações de segurança da Rússia a respeito da crise na Ucrânia devem ser levadas a sério, durante uma ligação entre os chefes de diplomacia das duas potências.

Na conversa, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, também exigiu ao secretário de Estado Antony Blinken que Washington "pare de interferir" nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e "pare de brincar com o fogo" na questão de Taiwan.

A ligação, a poucos dias da cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno, abordou principalmente a crise na Ucrânia, onde a presença de dezenas de milhares de tropas russas na fronteira provocam o temor de uma invasão.

O Kremlin nega ter intenções hostis e justifica a mobilização de seu exército pela preocupação com sua segurança ante a possível expansão da Otan para a antiga zona de influência de Moscou.

"As preocupações razoáveis de segurança da Rússia devem ser levadas a sério e resolvidas", declarou Wang Yi, de acordo com o comunicado divulgado pelo ministério chinês. "A segurança regional não pode ser garantida pelo fortalecimento ou, inclusive, a expansão dos blocos militares".

"Todas as partes deveriam abandonar completamente a mentalidade da Guerra Fria e formar um mecanismo de segurança europeu equilibrado, efetivo e sustentável por meio de negociações", insistiu o ministro.

Ao mesmo tempo, Blinken advertiu o colega chinês para "os riscos econômicos e de segurança global que representam uma agressão da Rússia contra a Ucrânia e concordou que a desescalada e a diplomacia são a maneira responsável de proceder", disse seu porta-voz Ned Price.

O ministro chinês aproveitou a conversa para advertir o governo dos Estados Unidos contra sua postura a respeito dos Jogos Olímpicos de Pequim, que foi afetado pela rivalidade entre as duas potências e as acusações de violações dos direitos humanos na China.

Estados Unidos e outros países aliados anunciaram um boicote diplomático aos Jogos por esta questão, especialmente pela repressão à minoria muçulmana uigur na região de Xinjiang.

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