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Crise imigratória vira assunto no Festival de Veneza

Atores e diretores presentes ao Festival Internacional de Cinema de Veneza compartilharam sua aflição com a crise imigratória

O diretor mexicano Alfonso Cuarón (Stefano Rellandini/Reuters)

O diretor mexicano Alfonso Cuarón (Stefano Rellandini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 17h16.

Veneza - Poucas pessoas não estão se sentindo afetadas pelo sofrimento dos refugiados desesperados que tentam chegar à Europa, e atores e diretores presentes ao Festival Internacional de Cinema de Veneza compartilharam sua aflição com a crise, clamando por tolerância e compaixão.

O diretor mexicano Alfonso Cuarón, cujo “Gravidade” abriu a edição do evento de 2013 e conquistou o Oscar de melhor diretor no ano seguinte, deu o tom dessa preocupação no primeiro dia do festival, quando exortou a Europa a acolher as pessoas que chegam às suas praias.

“Sou um mexicano que mora na Europa e sempre me senti bem-vindo”, disse Cuarón, presidente do júri, na cerimônia de abertura, na quarta-feira.

“Gostaria que, hoje e no futuro, as mesmas boas-vindas fossem estendidas a todos os imigrantes”.

A atriz britânica Tilda Swinton também estava na cidade italiana para a exibição de “A Bigger Splash”, que tem uma subtrama que envolve pessoas que chegam à ilha de Pantelleria, no Mar Mediterrâneo.

“Posso só sugerir, aliás, que todos percamos o hábito de chamar alguém de imigrantes nesta situação?”, indagou.

“Estamos lidando com refugiados, refugiados de guerra”.

O diretor britânico Tom Hooper, cujo “A Garota Dinamarquesa” é estrelado por Eddie Redmayne, vencedor de um Oscar de melhor ator, no papel da pioneira transgênero Lili Elbe, afirmou que imigrantes e refugiados, assim como os transgênero, são vítimas de preconceito.

“Acho que este filme trata de inclusão, mas da inclusão tornada possível pelo amor”, opinou Hooper.

“Vivemos em um mundo profundamente dividido. Quer dizer, o que está acontecendo nas praias da Europa no momento, a extraordinária crise de refugiados que brada por nós neste momento, é um apelo a nossos corações.”

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