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Crise europeia não vai secar crédito na AL como aconteceu em 2008

Na avaliação da consultoria Austin Rating, é prematuro dizer que países emergentes vão sofrer com falta de liquidez

Banco Central Europeu manteve taxa de juros em 1% ao ano (Eric Chan/Wikimedia Commons)

Banco Central Europeu manteve taxa de juros em 1% ao ano (Eric Chan/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 11h37.

São Paulo - Um eventual agravamento da crise europeia não deve gerar impactos traumáticos na economia da América Latina, que continua com boas perspectivas em 2011.

A avaliação é do economista da consultoria Austin Rating Leonardo Santos, que participou nesta quinta-feira (13) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

Ao contrário do alerta feito pelo Banco Mundial (Bird), o economista considera prematuro dizer que os países europeus poderão diminuir suas posições em países emergentes para reduzir perdas.

“Mesmo num momento de dificuldade maior, em que se busque liquidez em filiais na América Latina, isso não vai afetar significativamente o crédito. É claro que o crédito pode, em algum momento, ser reduzido, mas não da mesma maneira como a gente observou ao longo do último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009 por conta da crise, que foi uma situação extremamente complexa e crítica. Além disso, os mercados emergentes apresentam boas perspectivas de crescimento, o que garante um bom fluxo financeiro para esses países (europeus) se eles mantiverem suas posições (nos mercados emergentes).”

Leonardo Santos considera adequada a revisão do crescimento do PIB mundial nesse ano de 3,9% para 3,3% anunciada pelo Bird. Outro ponto destacado no relatório é atendência de alta dos preços das commodities. “Além da demanda da China por matérias-primas, o processo de inflação vai continuar perturbando um pouco a dinâmica de preços mundiais sobretudo pela expectativa de quebra de safras por conta de fatores climáticos.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado”, o economista da Austin Rating avalia a expectativa de aperto monetário no Brasil e os impactos no câmbio.

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