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Crise econômica pode matar centenas de milhares de crianças, diz ONU

Segundo órgão, jovens que dependem de refeições escolares para uma fonte de nutrição diária, agora têm sido forçados a procurar outro modo

Pobreza no Brasil (LightRocket/Getty Images)

Pobreza no Brasil (LightRocket/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de abril de 2020 às 20h30.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 15h19.

Centenas de milhares de crianças podem morrer neste ano em razão da crise econômica global desencadeada pela pandemia do coronavírus e dezenas de milhões a mais podem entrar em extrema pobreza como resultado da crise, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira.

O órgão mundial também informou em um relatório de risco que quase 369 milhões de crianças de 143 países, que normalmente dependem de refeições escolares para uma fonte confiável de nutrição diária, agora têm sido forçadas a procurar outro lugar.

"Devemos agir agora sobre cada uma dessas ameaças aos nossos filhos", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. "Os líderes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para amortecer o impacto da pandemia. O que começou como uma emergência de saúde pública tem se transformado em um formidável teste para a promessa global de não deixar ninguém para trás".

O novo coronavírus, que causa a doença respiratória covid-19, surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, ao final do ano passado. Até o momento, já infectou mais de 2 milhões de pessoas - matando 138 mil pessoas - em 213 países e territórios, segundo uma contagem da Reuters.

Em comparação com os adultos, as crianças infectadas com o coronavírus têm menos probabilidade de apresentar sintomas e maior probabilidade de apresentar uma doença leve, segundo estudos nos EUA e na China.

Mas o relatório da ONU alertou que "as dificuldades econômicas sofridas pelas famílias como resultado da crise econômica global podem resultar em centenas de milhares de mortes infantis adicionais em 2020, revertendo os últimos 2 a 3 anos de progresso na redução da mortalidade infantil em um único ano."

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