Mundo

Crise econômica adia planos de divórcio nos EUA

Pelo levantamento, três de cada dez americanos consultados afirmam que a crise aprofundou seus laços matrimoniais

Os números mostram um progressivo declive nos divórcios nos EUA nos últimos anos

Os números mostram um progressivo declive nos divórcios nos EUA nos últimos anos

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 22h56.

Washington.- Quase 40% dos casais americanos com intenções de divórcio adiaram seus planos devido à recessão econômica, segundo um estudo universitário sobre o impacto da crise nos casamentos do país publicado nesta segunda-feira.

O estudo, realizado pelo Projeto de Casamento Nacional da Universidade da Virgínia e intitulado "A Grande Recessão e o Casamento", indica, no entanto, um duplo efeito nos casamentos estudados.

Pelo levantamento, três de cada dez americanos consultados afirmam que a crise aprofundou seus laços matrimoniais".

"Para alguns, a pressão financeira, associada à Grande Recessão, prejudicou seus casamentos. Mas para outros, esta recessão impulsionou um novo compromisso com o casamento", explicou Bradford Wilcox, professor de sociologia e diretor do projeto.

"Alguns casais estão adiando seu divórcio até poderem dispor dos meios financeiros necessários para levá-lo a cabo", precisou Wilcox, destacando ainda que os casais que reconheciam estar em alto nível de risco de divórcio representavam 5% dos consultados.

Já 52% dos casais afirmam ter "um casamento feliz ou muito feliz".

Um divórcio nos EUA pode custar desde US$ 100, quando não existem elementos em disputa, até US$ 20 mil quando o caso tem que ser resolvido nos tribunais.

Os números mostram um progressivo declive nos divórcios nos EUA nos últimos anos, desde 20% a cada 1 mil casamentos em 2005 a 16,4% em 2009, segundo dados do Projeto de Casamento Nacional publicados em 2010.

"Acho que veremos o aumento do divórcio uma vez que a recuperação tenha se completado. Mas devemos reconhecer que alguns casais desenvolveram uma nova apreciação por seu casamento devido à grande recessão", acrescentou Wilcox.

O efeito, realizado em nível nacional, ouviu 1.200 americanos casados entre 18 e 46 anos de idade.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEstados Unidos (EUA)Nível de confiançaPaíses ricos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia