Mundo

Crise de energia na França: Louvre e Versalhes apagarão as luzes mais cedo

Medidas são anunciadas em meio à alta do preço do gás devido à guerra na Ucrânia; meta é reduzir consumo de energia em 10%

A pirâmide do Museu do Louvre (AFP/AFP)

A pirâmide do Museu do Louvre (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 17 de setembro de 2022 às 09h37.

Última atualização em 17 de setembro de 2022 às 11h10.

Depois da Torre Eiffel chegou a vez do Museu do Louvre e do Palácio de Versalhes: os dois locais apagarão as luzes mais cedo, uma medida "simbólica" para conscientizar a população sobre a crise de energia na França, anunciou a ministra da Cultura, Rima Abdul Malak. 

"A partir da noite de sábado, a pirâmide do Louvre será apagada às 23h ao invés de 1h da manhã", afirmou a ministra ao canal France 2, após as medidas similares adotadas pela prefeitura de Paris, que decidiu esta semana desligar mais cedo a iluminação da Torre Eiffel e da sede da prefeitura.

"Vamos apagar a iluminação da fachada do Palácio de Versalhes às 22h, em vez das 23h da próxima semana", acrescentou.

"Os símbolos são importantes para conscientizar a população", declarou a ministra, embora tenha admitido que as "medidas simbólicas" não são suficientes.

Rima Abdul Malak pediu ações concretas de transição ecológica em museus, cinemas, teatros e no "conjunto dos locais culturais da França".

A prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, anunciou esta semana que a Prefeitura de Paris, a Torre Eiffel, a Torre de Santiago, os museus municipais e as prefeituras distritais não serão mais iluminadas à noite a partir de 23 de setembro para enfrentar a crise energética.

Hidalgo afirmou ainda que a temperatura da calefação nos prédios municipais será reduzida de 19 para 18 ºC durante o dia e para 12 ºC durante a noite e nos fins de semana, quando os imóveis estiverem vazios.

O objetivo do "plano de emergência é conseguir a queda de 10% do consumo" da cidade, o equivalente ao "consumo de energia em 226 escolas", afirmou a prefeita.

Os preços da energia, em particular do gás, registraram forte alta nos últimos meses devido à guerra na Ucrânia.

Leia mais:

Acompanhe tudo sobre:EnergiaFrançaParis (França)

Mais de Mundo

Ucrânia realiza ataque a bombardeiros russos com capacidade nuclear na Sibéria

Polônia vota em segundo turno presidencial entre um pró-europeu e um nacionalista

Sobe para 31 número de mortos por tiros perto de um ponto de distribuição de ajuda em Gaza

EUA diz que enviou proposta de acordo 'aceitável' sobre programa nuclear do Irã