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Crise da Coreia do Norte pode "sair do controle", diz China

A proposta chinesa para o fim dos programas militares de Pyongyang em troca da suspensão dos exercícios militares EUA-Coreia do Sul não ganhou força

Coreia do Norte: os EUA afirmam que negociarão com a Coreia do Norte caso o país interrompa seus testes nucleares e de mísseis (Damir Sagolj/Reuters)

Coreia do Norte: os EUA afirmam que negociarão com a Coreia do Norte caso o país interrompa seus testes nucleares e de mísseis (Damir Sagolj/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de julho de 2017 às 17h20.

O embaixador da China na segunda-feira advertiu sobre as consequências "desastrosas" se as potências mundiais não conseguirem encontrar uma maneira de aliviar as tensões com a Coreia do Norte, que ele disse que poderia "sair do controle".

O embaixador Liu Jieyi se pronuncia um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou por telefone com o líder chinês Xi Jinping sobre a ameaça representada pelos mísseis da Coreia do Norte e testes nucleares.

"Atualmente, as tensões são altas e certamente gostaríamos de ver uma melhora", disse Liu em entrevista coletiva na sede da ONU, onde a China assumirá a presidência do Conselho de Segurança em julho.

"Se as tensões só aumentam, mais cedo ou mais tarde nós perderemos o controle e as consequências serão desastrosas", disse.

A China tem pedido negociações sobre o desbaratamento do programa nuclear norte-coreano, depois que seu aliado na Ásia realizou dois testes nucleares no ano passado e uma série de testes balísticos neste ano.

A proposta de Pequim para um congelamento dos programas militares de Pyongyang em troca de uma suspensão dos exercícios militares EUA-Coreia do Sul não conseguiu ganhar força.

Os Estados Unidos afirmam que negociarão com a Coreia do Norte caso o país interrompa seus testes nucleares e de mísseis.

Descrevendo a crise com a Coreia do Norte como "muito, muito séria", Liu disse que "outras partes" devem ser "mais estar mais próximas de aceitar e apoiar essas propostas".

"Nós não podemos esperar por muito tempo sem diálogo", acrescentou.

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