Mundo

Crianças preferem o Google aos pais para tirar dúvidas

54% das crianças preferem ir ao Google buscar respostas, segundo pesquisa de instituto britânico

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2012 às 12h08.

São Paulo - Nem professor nem pai nem mãe nem parente algum. Quando os alunos têm dúvidas, o campeão de audiência e de credibilidade é o Google. A constatação é de uma pesquisa realizada por um instituto britânico que ouviu 500 crianças com idades entre 6 e 15 anos. Do total de entrevistados, 54% preferem consultar o buscador quanto precisam checar alguma informação. E as descobertas não pararam por aí: mais de um terço (34%) das crianças não acredita que seus pais sejam capazes de ajudá-las a fazer o dever de casa; 14% não acham seus pais inteligentes.

Isso se deve, além da popularização da internet, a outras duas razões, avalia a psicóloga Natércia Tiba: a menor disponibilidade dos pais e a tendência imediatista das novas gerações. "De modo geral, pai e mãe estão no mercado de trabalho, logo não estão tão à disposição. Soma-se isso ao fato de essas crianças crescerem num ambiente em que tudo é fornecido muito rápido e está explicada a popularidade do Google. Quem é que vai querer olhar no índice de uma enciclopédia?"

De fato, a pesquisa mostrou que, imersos no mundo tecnológico, grande parte desses estudantes também passa bem longe dos materiais impressos de consulta: 19% deles não sabem o que é um dicionário impresso e 45% nunca usaram uma enciclopédia. Aliás, desconhecem até o significado do termo. Numa tentativa de adivinhar o que seria uma enciclopédia, as respostas foram de meios de transporte a instrumento cirúrgico.

A pesquisa, como se imagina, não vale só para a Grã-Bretanha. Unanimidade mundial, o site de buscas também é a página inicial de muitas crianças brasileiras. É o caso de Carlos Alberto Koji Kamei Ohara, de 10 anos. Aluno do 5º ano do ensino fundamental no Colégio Santa Maria, há três anos ele usa o Google todos os dias para fazer a tarefa de casa. "Aos 8 anos, eu aprendi a pesquisar. E me ajuda muito, principalmente em português, história e geografia. E não sou só eu que gosto. Todos os meus amigos também usam", diz.

Mas sem o truque do "ctrl-C, ctrl-V". O garoto explica que, para cada tema que precisa estudar, lê o conteúdo de pelo menos dois ou três links e depois reescreve com suas próprias palavras. Mas dá para confiar nas informações? "Quase sempre." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CriançasEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleTecnologia da informação

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia