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Crianças palestinas são torturadas por Israel, diz ONU

Órgão de direitos humanos das Nações Unidas acusou as forças israelenses de maltratar crianças palestinas

Jovens palestinas após uma graduação de estilo militar organizado pelo Hamas em Rafah, no sul da faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters)

Jovens palestinas após uma graduação de estilo militar organizado pelo Hamas em Rafah, no sul da faixa de Gaza (Suhaib Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 13h26.

Genebra - Um órgão de direitos humanos da ONU acusou, nesta quinta-feira, as forças israelenses de maltratar crianças palestinas, inclusive de torturar aquelas sob custódia e usar outras como escudos humanos.

Crianças palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, capturadas por Israel na guerra de 1967, são rotineiramente negadas em obter o registro de seu nascimento e o acesso a serviços de saúde, escolas decentes e água potável, disse o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança.

"Crianças palestinas detidas por (israelense) militares e policiais são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante, e muitas vezes a atos de tortura, são interrogados em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem liberadas", disse o comitê em um relatório.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que respondeu a um relatório sobre os maus-tratos de menores palestinos do Unicef em março, e questionou se a investigação do comitê da ONU de fato fez novas revelações.

"Se alguém simplesmente quer ampliar sua parcialidade política e achacamento político de Israel sem estar baseada em um novo relatório, em trabalho de campo, mas simplesmente na reciclagem de material antigo, não há nenhuma importância nisso", disse o porta-voz Yigal Palmor.

O relatório do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança reconheceu as preocupações de Israel com a segurança nacional e afirmou que as crianças de ambos os lados do conflito continuam a serem mortas e feridas, mas que há mais vítimas entre palestinos.

A maioria das crianças palestinas presas é acusada ​​de atirar pedras, um crime que pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão, disse o comitê. Soldados israelenses testemunharam a natureza muitas vezes arbitrária das prisões, afirmou.

Os 18 observadores especialistas independentes analisaram os registros de Israel de acordo com um tratado de 1990, como parte de sua revisão regular de um pacto assinado por todos os países, com exceção da Somália e Estados Unidos. A delegação israelense compareceu à sessão.

O comitê da ONU lamentou a "recusa persistente" de Israel em responder aos pedidos de informação sobre as crianças nos territórios palestinos e nas Colinas de Golã ocupadas na Síria, desde a última revisão em 2002.

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