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Criança morre em atropelamento em massa durante protestos no Chile

Cinco dos 18 mortos no país ocorreram por intervenção do governo, de acordo com Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH)

Protestos: calcula-se que 220 mil pessoas foram às ruas no Chile (Rodrigo Garrido/Reuters)

Protestos: calcula-se que 220 mil pessoas foram às ruas no Chile (Rodrigo Garrido/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 12h19.

Última atualização em 24 de outubro de 2019 às 13h03.

Santiago (Chile) — O subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, confirmou nesta quarta-feira que aumentou para 18 o número de mortes devido aos distúrbios causados durante os protestos contra a desigualdade social no país.

O número cresceu com as mortes de um adulto e uma criança em um atropelamento em massa no sul do país e de outra pessoa em um bairro da capital, Santiago.

Os incidentes de violência em todo o país chegaram a 169 nas últimas 24 horas, nos quais 979 pessoas foram detidas, segundo explicou Ubilla.

Do total das detenções realizadas na terça-feira, 592 ocorreram sob a vigência do toque de recolher, que foi aplicado em diversas partes do país.

"Quero destacar aqui que houve uma capacidade mais efetiva das forças policiais e de segurança, Carabineiros (polícia militar), PDI (Polícia de Investigação) e Forças Armadas, em termos de evitar estes saques e incêndios", afirmou o subsecretário do Interior.

Embora Ubilla tenha reconhecido que a violência diminuiu em comparação com o dia anterior, as manifestações se replicaram de novo por todo o país durante a terça-feira. A expectativa é que aconteça o mesmo nesta quarta-feira, por causa da convocação da greve geral.

Ubilla destacou que houve 54 manifestações em todo o Chile no último dia, nas quais calcula-se que 220 mil pessoas marcaram presença. De acordo com os dados do governo, 95 agentes e 1 02 civis ficaram lesionados nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), que trabalha diariamente nas ruas de todo o Chile para acompanhar a situação dos protestos, contabiliza 1.894 detidos desde a quinta-feira passada.

No último balanço, divulgado na madrugada desta quarta-feira, a organização informa que 269 pessoas ficaram feridas, 137 delas por arma de fogo.

Do total de 18 mortos, o INDH conta cinco casos ocorridos pela intervenção dos agentes. Além disso, a organização constatou relatos de torturas e abusos das forças do Estado durante os protestos nos últimos cinco dias.

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