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Criação de aterros é questão emergencial, ressalta advogado

Especialista em direito ambiental alerta a população quanto à produção de lixo no Brasil

Lixão no Distrito Federal: país está atrás dos desenvolvidos na coleta do lixo (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

Lixão no Distrito Federal: país está atrás dos desenvolvidos na coleta do lixo (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 13h12.

Brasília - O advogado especialista em direito ambiental Victor Penitente Trevizan disse hoje (11) que a população precisa estar alerta quanto à produção e destinação do lixo. Segundo ele, a criação de aterros sanitários ou de postos de recebimento de resíduos é uma questão emergencial.

“Já existe uma intenção de troca dos grandes lixões por aterros sanitários. Daqui a alguns anos, se continuar nesse ritmo de produção de lixo, vamos ter que carregar nossos próprios resíduos”, destacou o advogado, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Ele afirma que o Brasil está muito atrás dos países considerados desenvolvidos na questão da coleta de lixo. “Quanto mais industrializado o país, mais lixo ele vai produzir. A diferença é que em outros países, por exemplo, nos Estados Unidos existe uma cultura, uma preocupação maior na destinação dos resíduos. No Brasil, isso é uma novidade, para eles [EUA] já é mais antigo, é uma questão cultural efetivamente implementada.”

Para tentar solucionar os transtornos causados pela produção e destinação inadequadas do lixo, o governo implementou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei, regulamentada em dezembro do ano passado, une proteção ambiental à inclusão social, e apresenta inovações como a logística reversa, que determina o recolhimento de embalagens usadas (pilhas, baterias, pneus, eletroeletrônicos) por vendedores, distribuidores e fabricantes.

O descumprimento da lei, segundo Trevizan, pode resultar em multa de até R$ 50 milhões (para empresas) e varia de R$ 50 a R$ 500 (para os consumidores). “Porém essa não é a intenção da lei, mas sim conscientizar a população dessa situação que se torna cada vez mais caótica”, afirmou ele.

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