Mundo

Cresce número de mortos por ataques em Gaza e Israel

Um míssil matou um israelense de 58 anos, o primeiro civil israelense morto nesse tipo de ataque desde a guerra de 2014 em Gaza

Mísseis de Israel em direção à Faixa de Gaza, em 5 de maio de 2019
 (Abed Rahim Khatib/Anadolu Agency/Getty Images)

Mísseis de Israel em direção à Faixa de Gaza, em 5 de maio de 2019 (Abed Rahim Khatib/Anadolu Agency/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 5 de maio de 2019 às 13h33.

GAZA/JERUSALÉM - Mísseis disparados de Gaza mataram três pessoas em uma cidade israelense, enquanto cinco militantes palestinos morreram neste domingo, em uma intensificação dos confrontos na fronteira, incluindo o primeiro ataque direcionado de Israel contra um comandante inimigo desde 2014.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou o Exército a manter ataques pesados contra militantes do Hamas, que controla Gaza, e da Jihad Islâmica, nos piores confrontos na região desde novembro.

O Exército israelense afirmou que mais de 450 mísseis, muitos deles interceptados pelo seu sistema de defesa Domo de Ferro, foram disparados contra cidades e vilas no sul de Israel desde sexta-feira, e que atacou mais de 220 alvos de grupos militantes em Gaza.

Um míssil que atingiu uma casa em Ashkelon matou um israelense de 58 anos, disse a polícia. Ele foi o primeiro civil israelense morto nesse tipo de ataque desde a guerra de 2014 em Gaza. Ataques separados na cidade do sul isralenese mataram dois homens, informou um hospital.

Em Gaza, ao menos quatro palestinos armados foram mortos por ataques israelenses, de acordo com autoridades de saúde.

Em um ataque separado que descreveu como uma ação direcionada, o Exército de Israel matou Hamed Ahmed Al-Khodary, um dos comandantes do Hamas. Segundo o Exército, ele era responsável por transferir fundos do Irã para facções armadas em Gaza.

O ataque aéreo contra o carro dele foi o primeiro assassinato de um dos principais militantes do Hamas desde a guerra de cinco anos atrás. Israel suspendeu esses ataques em uma tentativa de reduzir as tensões.

A mais recente onda de violência começou dois dias atrás, quando um atirador jihadista atacou tropas israelenses, atingindo dois soldados, de acordo com o Exército de Israel.

A Jihad Islâmica acusou Israel de atrasar a implementação de acordos mediados pelo Egito com o objetivo de encerrar a violência e aliviar as dificuldades econômicas de Gaza.

Desta vez, analistas de assuntos estratégicos de Israel disseram que tanto a Jihad Islâmica quanto o Hamas pareceram acreditar que tinham poder de barganha para pressionar por concessões de Israel.

Neste domingo, sirenes soaram na cidade de Rehovot, aproximadamente 17 quilômetros ao sudeste de Tel Aviv.

Em um comunicado, Netanyahu, que também executa a função de ministro da Defesa, afirmou: "Esta manhã eu ordenei as Forças Defensivas Israelenses a continuar com ataques pesados contra terroristas na Faixa de Gaza, e também que as forças nos arredores da Faixa de Gaza sejam reforçadas com tanques, artilharia e infantaria".

Para residentes em Gaza, a escalada chega antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa no território na segunda-feira -- uma época tradicionalmente de rezas, banquetes familiares para quebrar o jejum do dia e compras.

Desde sexta-feira, 13 palestinos, pelo menos cinco deles civis, foram mortos em Gaza, afirmou o Ministério da Saúde local.

Isso inclui um bebê de 14 meses e uma mulher, inicialmente identificada como uma mãe grávida, mas depois identificada pela família como a tia do bebê, que teria sido morta por um ataque aéreo israelense, segundo o ministério.

O Exército israelense negou envolvimento, dizendo que seu serviço de informação mostrou que eles foram mortos por um míssil palestino.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaIsrael

Mais de Mundo

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido