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Cratera de bombardeio em cidade síria é usada como piscina

Uma das crateras provocadas pelos bombardeios do Exército nos setores rebeldes de Alepo transformou-se em uma piscina improvisada para crianças

Crianças brincam em uma cratera repleta de água em Alepo, na Síria (Hosam Katan/Reuters)

Crianças brincam em uma cratera repleta de água em Alepo, na Síria (Hosam Katan/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 12h41.

Alepo - Uma das crateras provocadas pelos bombardeios do Exército nos setores rebeldes de Alepo, a segunda maior cidade da Síria, transformou-se em "piscina improvisada" para as crianças.

No bairro de Shar, na zona leste da ex-capital econômica devastada por dois anos de guerra, crianças e adolescentes brincam com alegria em uma poça de água formada por uma cratera de obus, em uma rua completamente devastada pelos bombardeios.

A cena é observada quando a temperatura se aproxima de 35 graus na cidade, que sofre há vários meses com a falta de água e de energia elétrica.

"Antes, caminhávamos até a piscina no centro da cidade. Hoje, as piscinas são crateras deixadas pelos barris de explosivos lançados", afirmou Abdel Kader, de 12 anos, que não hesita em mergulhar na água suja.

"Está muito calor e não podemos dormir, nem durante o dia nem durante a noite", explica.

Segundo os moradores, um barril de explosivos lançado pelas tropas do regime de Bashar al-Assad caiu sobre uma tubulação de água e formou a poça lamacenta.

Mustafa, um adolescente, comemora a possibilidade de "nadar".

"Não temos água para tomar banho. Às vezes temos que vir aqui para buscar água", disse.

Desde o verão de 2012, a cidade está dividida entre as zonas oeste, controlada pelas forças do regime, e os bairros comandados pelos rebeldes, submetidos a bombardeios aéreos diários que provocaram centenas de mortes somente neste ano e que foram denunciados pela comunidade internacional.

Os rebeldes executam ataques com morteiros contra a zona oeste.

Recentemente, o exército sírio avançou na periferia da cidade e a oposição teme uma grande ofensiva.

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