De 2007 a 2010, o Instituto Ronaldinho Gaúcho recebeu R$ 5,7 milhões da prefeitura e do Ministério da Justiça para atividades esportivas e culturais para crianças carentes de Porto Alegre (SXC.hu)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2012 às 19h52.
Porto Alegre - A Câmara de Vereadores de Porto Alegre vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os convênios do Instituto Ronaldinho Gaúcho (IRG) com a prefeitura da capital gaúcha. O requerimento do vereador Mauro Pinheiro (PT), com 12 assinaturas da oposição, foi aprovado por seis votos a um pela Comissão de Constituição e Justiça nesta terça-feira, ao mesmo tempo em que os aliados do prefeito José Fortunati (PDT) anunciavam que também iriam aderir à proposta.
De 2007 a 2010, o Instituto Ronaldinho Gaúcho recebeu R$ 5,7 milhões da prefeitura e do Ministério da Justiça para oferecer atividades esportivas e culturais para crianças carentes da zona sul de Porto Alegre. No início de 2011, a prefeitura rejeitou o pedido de reajuste de 163% feito pelo empresário Roberto de Assis Moreira, irmão do craque do Flamengo, e rompeu o convênio.
Desde então vereadores de oposição questionam o custo dos contratos, que a prefeitura considera compatíveis com a oferta de transporte, alimentação e atividades complementares às escolares que o instituto fazia até 2010. Desde então, a organização não governamental dos irmãos Assis Moreira não tem mais atendido crianças carentes.
Na batalha política da CPI, a oposição vai questionar os convênios da prefeitura enquanto a situação vai se debruçar sobre os acordos do Ministério da Justiça, que era comandado pelo hoje governador Tarso Genro (PT) com o instituto. Em Porto Alegre, o prefeito Fortunati (PDT) tem apoio do PP, PSDB, PMDB, PPS e PTB, enquanto seus adversários são do PT, PC do B e PSOL.