Segundo informações divulgadas na imprensa, assessores do governador do DF apareceram em conversas gravadas pela Polícia Federal com pessoas ligadas à construtora Delta, que tem contrato para recolhimento do lixo no DF (Fran Gambín/Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 11h06.
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arapongagem, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, terá 180 dias para investigar a suposta instalação de escutas ilegais feitas pela Casa Militar do DF. Os parlamentares vão verificar informações de que tenham sido gravadas conversas de cidadãos, jornalistas, políticos aliados e adversários do governo. O prazo começa a contar depois da publicação no Diário Oficial da Câmara Legislativa.
Os partidos entregaram os nomes no fim do prazo, que terminava às 17h de ontem (7). Os integrantes da CPI são, na maioria, da base: Chico Vigilante (PT), Luzia de Paula (PPS), Celina Leão (PSD), Siqueira Campos (PSC) e Cristiano Araújo (PTB).
O presidente e o relator deverão ser escolhidos na primeira reunião da comissão, que ainda não tem data definida.
A comissão foi criada no dia 24 de abril, mas correu o risco de não sair do papel por causa de resistências da base do governo. O PT orientou a bancada a não assinar o requerimento de criação. Segundo deputados do partido, a comissão pode gerar desgaste ainda maior para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O único distrital, entre os cindo do PT, que assinou o requerimento de criação da CPI foi o presidente da Casa, Patrício.
Segundo informações divulgadas na imprensa, assessores do governador do DF apareceram em conversas gravadas pela Polícia Federal com pessoas ligadas à construtora Delta, que tem contrato para recolhimento do lixo no DF.
A empresa Delta é acusada de ter ligações com o empresário suspeito de comandar esquema de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está no Presídio da Papuda, em Brasília.