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CPFL prevê "aperto" de energia em 2011 e aposta em eólicas

Segundo a empresa, sobra de energia chegará a 5% em 2013, mas neste ano e no próximo, número será mais reduzido

Energia eólica: custo é menor do que biomassa e pequenas hidrelétricas (Christopher Furlong/Getty Images)

Energia eólica: custo é menor do que biomassa e pequenas hidrelétricas (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 13h34.

São Paulo - Apesar da estimativa de que em 2013 o Brasil terá uma sobra de energia elétrica de 5 por cento e de que não há nenhum risco ao suprimento, nos anos de 2011 e 2012 essa sobra será bem mais reduzida, previu nesta terça-feira o presidente da CPFL Energia.

Segundo Wilson Ferreira Junior, a grande folga a ser observada a partir de 2013 será resultado da entrada em operação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira.

"Ainda estamos com sobra... mas está mais apertada para 2011... a folga será de 0,3 por cento, aumenta para 0,6 por cento e chega a 5 por cento em 2013, quanto tem a entrada de Santo Antônio e Jirau", disse o executivo em teleconferência com analistas. Ele lembra ainda que neste ano entra em operação a usina de Estreito, "e no quarto trimestre já houve um arrefecimento daquele crescimento de cerca de dois dígitos principalmente na área industrial... não vemos nenhum risco de suprimento." De acordo com Ferreira, a CPFL está cada vez mais se focando na geração de energia eólica, que "pelo menos está 10 por cento à frente da biomassa e da PCH em custo final".

"É sim um grande potencial... começamos essa avaliação a cerca de dois anos e estamos seguros desses investimentos e dos resultados", disse o presidente. Segundo ele, esses resultados positivos resultaram na procura de empresas pela compra de energia eólica no mercado livre.

"Tivemos que conversar bastante em termos de regularização", disse Ferreira, salientando, contudo, que a venda de energia eólica no mercado livre não tira a possibilidade da CPFL de participar de futuros leilões de energia renovável e de reserva.

"Eu acredito que é uma energia que veio pra ficar... ela tem mostrando suas vantagens em relação a fontes alternativas principalmente em questão de preço." No leilão de energia de reserva e A-3 realizados em agosto do ano passado, o preço da energia eólica teve valor médio de 130,86 reais por megawatt-hora (MWh), abaixo dos verificados para biomassa --de 144,20 reais-- e PCHs --de 141,93 reais. Tanto no leilão de reserva quanto no A-3 (cuja entrega de energia será iniciada em 2013), o preço-teto inicial para energia eólica era superior ao de biomassa e PCHs.

"Nós chegamos a um valor bastante baixo", disse Ferreira. Segundo ele, isso aconteceu porque houve uma melhora significativa nas condições de financiamento e houve um efeito da diminuição dos investimentos necessários nos projetos eólicos. Além disso, "tem o fato da crise mundial ter colocado uma sobreoferta decorrente... do uso dessas turbinas na europa. Nós nos beneficiamos disso."

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