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Covid-19: Xangai começará a aliviar 'lockdown' após novo teste em massa

Xangai registrou cerca de 23 mil casos neste sábado, a maioria assintomático

Xangai: a cidade construiu mais de 100 hospitais provisórios para tratar pacientes com covid-19 (Aly Song/Reuters)

Xangai: a cidade construiu mais de 100 hospitais provisórios para tratar pacientes com covid-19 (Aly Song/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de abril de 2022 às 15h20.

A maior cidade da China, Xangai, começará em breve a suspender o "lockdown" em comunidades que não relatarem casos positivos dentro de um período de 14 dias, após uma nova rodada de testes de covid-19, informaram autoridades neste sábado (9).

Em Guangzhou, a noroeste de Hong Kong, autoridades anunciaram que a cidade também começará a testar em massa seus 18 milhões de habitantes, segundo a emissora CCTV.

Xangai registrou cerca de 23 mil casos neste sábado, a maioria assintomático. Grandes áreas de cidade, que possui uma população de 26 milhões de pessoas, estão em quarentena desde 28 de março, provocando reclamações de moradores sobre escassez de alimentos e outras necessidades básicas.

Sob as novas medidas, as áreas em Xangai serão classificadas como "precavida", "controlada", "em bloqueio", dependendo dos resultados da última rodada de testes, disse o vice-prefeito da cidade, Zong Ming, em entrevista coletiva.

Residentes em áreas consideradas "precavidas", sem infecções nas últimas duas semanas, poderão se movimentar em seu distrito, embora as reuniões ainda sejam restritas.

Em áreas "controladas" os moradores podem se movimentar em seus bairros, que são menores que os distritos, enquanto as áreas "bloqueadas" exigirão que todos fiquem em casa.

A cidade construiu mais de 100 hospitais provisórios para tratar pacientes com covid-19, com mais de 160 mil leitos. Mas as duras restrições ao movimento também testam a paciência dos moradores. Alguns receberam pacotes de alimentos do governo contendo carne e legumes.

Muitos, no entanto, estão lutando para obter arroz e outros produtos básicos, uma vez que os vendedores online estão sem estoques e os serviços de entrega têm sido incapazes de acompanhar a demanda.

A China está enfrentando um de seus piores surtos locais desde o início da pandemia. É um dos únicos países a aderir a uma política de "covid zero", tomando medidas drásticas, como bloqueios e testes em massa para identificar e isolar todos os casos.

A China ainda está fechada para viagens internacionais, mesmo que a maior parte do mundo tenha buscado maneiras de conviver com o vírus.

Fonte: Associated Press.

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