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Coutinho descarta nova mudança na diretoria do BNDES

Presidente do BNDES espera que a ida de ex-diretor para a Secretária de Aviação Civil facilite a atuação do banco no financiamento do setor aéreo

Luciano Coutinho: sem mudanças no BNDES no curto prazo (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Luciano Coutinho: sem mudanças no BNDES no curto prazo (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 13h04.

Rio - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que a instituição não deve fazer novas mudanças na sua diretoria no curto prazo - Wagner Bittencourt, ex-diretor do banco, foi nomeado como ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. "A diretoria do banco está tranquila e nós não temos previsão de mudança no curto prazo", disse Coutinho, em seminário do Banco Mundial, no Rio de Janeiro, respondendo se outros diretores deixariam o banco, conforme aventado pelo mercado.

Coutinho acrescentou que, com a ida de Bittencourt para a secretaria, o banco pode ter um maior envolvimento em projetos do setor aéreo e aeroportuário. "Temos aqui algumas possibilidades e vamos analisá-las com velocidade. Todos os projetos que têm retorno consistente serão apoiados. Aeroportos no mundo inteiro, principalmente os grandes, são atividades muito rentáveis que têm capacidade de sustentação e, portanto, de suportar financiamento. Não vemos isso como um problema e sim como uma oportunidade", declarou.

O executivo lamentou a saída de Bittencourt do banco, mas disse que o setor aéreo terá um ganho importante. "É uma perda para nós, mas um ganho muito grande para o País ter alguém como ele à frente dessa desafiadora tarefa de acelerar as soluções e investimentos para o setor aeroportuário e de aviação civil", disse Coutinho.

Aposentadoria

O presidente do BNDES defendeu hoje o aumento da idade mínima para aposentadoria no País. "Eu, pessoalmente, sou favorável, mas é uma matéria que requer ampla discussão pela sociedade", disse Coutinho, após participar da abertura do seminário sobre o envelhecimento da população.

Coutinho declarou que o envelhecimento da população brasileira implica desafios para os sistemas de educação, saúde e principalmente de previdência. "Precisamos nos preparar para um mundo onde viveremos mais e teremos que trabalhar mais tempo", afirmou. Coutinho destacou que, em educação, o governo tem focado seus esforços para o desenvolvimento do ensino técnico de nível médio, como uma das formas de enfrentar os desafios decorrentes do envelhecimento da população.

O executivo afirmou ainda que o envelhecimento da população e a redução da faixa mais jovem pressionarão para cima a remuneração da base da pirâmide. Na avaliação dele, em decorrência disso, é preciso aumentar a produtividade da população para evitar que o aumento da remuneração resulte em inflação mais alta. "A única maneira de neutralizar essa pressão é aumentando a produtividade", disse.

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