Vulcão na Costa Rica: país é exemplo de conservação ambiental e disputado destino de ecoturismo (CC / Arturo Sotillo / Flickr.com/whappen)
Vanessa Barbosa
Publicado em 23 de março de 2015 às 17h52.
São Paulo - O ano de 2015 já está sendo marcado por recordes na Costa Rica. Durante 75 dias consecutivos, toda a energia consumida nesse pequeno país da América Central veio de fontes renováveis.
A proeza foi alcançada graças às chuvas volumosas nos primeiros meses, que sustentaram a produção de suas quatro principais hidrelétricas. Outras fontes como eólica, solar, biomassa e energia geotérmica também ajudaram na oferta, conforme estudo do Instituto Costarricense de Energia (ICE).
Diferentemente do que vem ocorrendo no Brasil, a alta dependência das energias renováveis e sua grande oferta já levou a Costa Rica a reduzir as tarifas de eletricidade em 12 por cento e, segundo previsões, as taxas devem continuar a cair no segundo trimestre do ano.
Mantida a atual situação favorável, o uso de usinas termelétricas é visto como uma última alternativa, o que gera ganhos ambientais e econômicos, porque não há necessidade de combustível fóssil, mais caro e poluente.
Apesar de ser um país com menos de 5 milhões de habitantes, a Costa Rica já fez grandes avanços no uso das energias renováveis e, segundo a organização ambientalista WWF, lidera na utilização de energias "limpas" na América Latina.
Mas o país também é fonte de inspiração em outras frentes ambientais, a ponto de ser considerado um fenômeno "verde". Com inovação, planejamento e boa gestão, mandou para escanteio uma das maiores taxas de desmatamento do mundo, transformando-se em exemplo de conservação ambiental e disputado destino de ecoturismo.