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Cortes de verbas dos EUA impossibilitariam programas da ONU

O orçamento apresentado na terça contempla severos cortes de 30% dos fundos para o Departamento de Estado, a diplomacia e a ajuda internacional

Trump: "Se o orçamento for aprovado como foi apresentado, seria impossível para as Nações Unidas continuar com seu apoio a missões de paz" (Yuri Gripas/Reuters)

Trump: "Se o orçamento for aprovado como foi apresentado, seria impossível para as Nações Unidas continuar com seu apoio a missões de paz" (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de maio de 2017 às 22h02.

Os drásticos cortes previstos pela administração Trump em seus aportes à ONU podem levar ao encerramento de programas essenciais, alertou nesta quarta-feira o porta-voz das Nações Unidas Stephane Dujarric.

O Secretário de Estado americano, Rex Tillerson, apresentou um orçamento na terça-feira que contempla severos cortes de 30% em um ano dos fundos para o Departamento de Estado, a diplomacia e a ajuda internacional. No caso das missões de paz o corte chega a 60%.

"Se o orçamento for aprovado como foi apresentado, seria impossível para as Nações Unidas continuar com seu apoio a missões de paz, desenvolvimento, direitos humanos e assistência humanitária", disse Dujarric.

Os Estados Unidos são o país que mais contribuem com fundos para a ONU, cobrindo 22% de seu orçamento operacional (US$ 4,5 bilhões) e 28,5% de seu orçamento para operações de paz (US$ 7,9 bilhões).

Washington não considera agora necessário aportar mais de 25% do orçamento destinado a este tipo de operação.

Dujarric disse que desde sua nomeação em janeiro o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres demonstra sua disposição a implementar reformas e "é totalmente consciente da necessidade de reduzir custos".

"Mas precisamos de recursos para cumprir com as obrigações que contraímos", acrescentou.

Um comitê de orçamento da ONU começou a investigar o gasto em 16 missões de paz ao redor do mundo.

O Conselho de Segurança já decidiu encerrar as missões na Costa do Marfim, na Libéria e no Haiti. A missão conjunta que a ONU mantém com a União Africana na província sudanesa de Darfur também deve ser reduzida.

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