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Corte de Uganda invalida lei que persegue homossexuais

Lei previa prisão perpétua para pessoas condenadas por relações homossexuais


	Pastor Martin Ssempa lidera uma marcha com apoiadores da lei antigay, em Kampala, Uganda
 (Edward Echwalu/Reuters)

Pastor Martin Ssempa lidera uma marcha com apoiadores da lei antigay, em Kampala, Uganda (Edward Echwalu/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 19h09.

Kampala - Uma corte de Uganda invalidou nesta sexta-feira uma lei anti-gay aprovada no começo deste ano que previa prisão perpétua para pessoas condenadas por relações homossexuais. A lei também previa prisão por "atentado homossexual" e "promoção da homossexualidade".

Ativistas e grupos de defesa dos direitos humanos comemoraram a vitória legal. O governo do país, no entanto, ainda pode recorrer à suprema corte de Uganda para reverter a decisão. A lei foi invalidade porque teria sido aprovada em sessão legislativa com quórum insuficiente.

O ativista ugandense pelos direitos dos homossexuais, Frank Mugisha, disse que a decisão foi "um passo na direção correta", mas teme que haja alguma retaliação após a medida.

"Esse é um grande dia para a justiça social", declarou o diretor executivo da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a AIDS, UNAIDS, Michel Sidibé. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também comemorou a decisão. "É uma vitória da legalidade", disse.

Mesmo com essa lei fora de vigor, Uganda ainda tem outros artifícios legais para punir homossexuais. Uma lei do período colonial continua válida e criminaliza atos sexuais "contra a ordem natural".

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