Mundo

Corte de ICMS em MG eleva competitividade do etanol

Com a desoneração, o produtor poderá ter margem de lucro e o etanol chegar competitivo nos postos de combustíveis ao consumidor

A redução da taxação sobre o etanol também está sendo estudada no Mato Grosso. (Manoel Marques/VEJA)

A redução da taxação sobre o etanol também está sendo estudada no Mato Grosso. (Manoel Marques/VEJA)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 18h27.

São Paulo - A redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o etanol em Minas Gerais, de 22% para 19%, a partir de primeiro de janeiro de 2012, aumentou a competitividade do combustível renovável no Estado. "Agora, Minas Gerais está alinhado com outros três estados que desoneraram o etanol em relação a gasolina", disse o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. Os outros Estados são Paraná, São Paulo e Goiás.

Com a desoneração, o produtor poderá ter margem de lucro e o etanol chegar competitivo nos postos de combustíveis ao consumidor. "Nesta safra, a competitividade do etanol hidratado deve se estender também para Minas Gerais", acredita. Em São Paulo, enquanto o ICMS é de 25% para a gasolina, ele é de apenas 12% para o etanol. No Paraná, o imposto é de 26% para gasolina e 18% para etanol. Em Minas, a gasolina é taxada em 27% e o etanol em 19% a partir de agora. Em Goiás, o imposto é de 29% para gasolina e 22% para o etanol. "Nos demais estados, a grande maioria tem impostos em torno de 30% para o etanol, o que torna sua competitividade bastante difícil, apenas quando o excesso de oferta derruba as cotações para baixo do custo de produção", revela Rodrigues.

A redução da taxação sobre o etanol também está sendo estudada no Mato Grosso. A redução tem acontecido em estados para onde a cultura da cana-de-açúcar tem se expandido. Os principais produtores de etanol do Brasil são os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O consumo está concentrado em São Paulo, com mais de 60% do total. "Em São Paulo, a diferença entre o ICMS da gasolina e do etanol é de 13 pontos percentuais, o que garante a competitividade do etanol em tempos de normalidade de abastecimento", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:BiocombustíveisCombustíveisCommoditiesEnergiaEtanolImpostosLeão

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'