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Corrida eleitoral argentina também invade as livrarias

Corrida eleitoral na Argentina chegou também às livrarias, que expõem em suas prateleiras publicações políticas com especial presença dos candidatos


	A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: compartilham espaço também títulos já conhecidos sobre o ex-presidente Néstor Kirchner e sua esposa e sucessora
 (Michele Tantussi/Bloomberg)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: compartilham espaço também títulos já conhecidos sobre o ex-presidente Néstor Kirchner e sua esposa e sucessora (Michele Tantussi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 12h54.

Buenos Aires - A corrida eleitoral para o pleito legislativo do dia 27 de outubro na Argentina chegou também às livrarias, que expõem em suas prateleiras publicações políticas com especial presença dos candidatos com maiores possibilidades nas pesquisas.

Sergio Massa, ex-chefe de Gabinete, ganhador das primárias de agosto e favorito nas pesquisas na província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, é protagonista de dois livros, "Massa, el salto del tigre" e "Massa por Massa", que relatam a chegada do prefeito do município portenho de Tigre à política nacional pelo partido Frente Renovador (FR).

Aproveitando o empurrão do líder de seu partido, seu companheiro, José Adrián Pérez, publicou "Un nuevo modelo de desarrollo para la Argentina", no qual expõem seu programa político.

Candidato da conservadora Proposta Republicana (Pró), Federico Sturzenegger aproveitou um "deslize" do ministro da Economia, Hernán Lorenzino, para entitular um livro contra a política econômica do governo de Cristina Kirchner.

"Yo no me quiero ir", é o título, em referência ao "quero ir" que o ministro da Economia lançou para dar por terminada prematuramente uma entrevista e evitar responder perguntas sobre a inflação argentina.

O também candidato opositor Francisco de Narváez chegou às livrarias com "Él o vos", um pincelada no lema de sua campanha "Ela (a presidente Cristina Kirchner) ou você".

Junto às publicações sobre candidatos que concorrem nas eleições de domingo, compartilham espaço títulos já conhecidos sobre o falecido ex-presidente Néstor Kirchner e sua esposa e sucessora.


O "Libro de emergencia" denuncia a "guerra aos meios de comunicação independentes" empreendida desde o governo, enquanto "El relato K" aspira ser um "dicionário crítico" de termos kirchneristas.

A presidente é também protagonista de "Los amores de Cristina", que repassa o lado mais íntimo do governante e suas relações pessoais.

A crítica convive com livros editados nos dois últimos anos com uma visão muito mais amável da presidente e da gestão kirchnerista.

"La Presidenta, historia de una vida", "El Flaco", "El litigio por la democracia" e "La patria sublevada. De Perón a Kirchner (1945-2010)"são alguns dos títulos.

As eleições fizeram com que as livrarias desempoeirassem exemplares escritos pelos candidatos há mais de um ano, como é o caso do senador e candidato do governante Frente para la Victoria Daniel Filmus, que lançou " Educar para una sociedad más justa", ou do ex-ministro de Economia e agora candidato pela opositora coalizão de centro-esquerda Martín Lousteau com "Otra vuelta a la economía".

Com muito menos agrado é vista a publicação do vice-presidente, Amado Boudou, "Amado, la verdadera história de Boudou", no qual são recuperados aspectos mais controversos de sua carreira política.

O vice é alvo de críticas por sua suposta relação com escândalos de corrupção e formalmente à frente do governo enquanto Cristina Kirchner se recupera de uma cirurgia no cérebro.

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