Sede do Miami Herald: segundo informou, depois da detenção, o jornalista foi transferido à Direção Geral de Inteligência Militar (DGIM) (Robert Sullivan/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 21h57.
Miami - O correspondente-chefe para a região andina do jornal "The Miami Herald", Jim Wyss, foi detido ontem na Venezuela por soldados da Guarda Nacional enquanto realizava uma reportagem sobre a escassez de produtos e as próximas eleições municipais nesse país.
Segundo informou "The Miami Herald" nesta sexta-feira, depois de sua detenção o jornalista foi transferido à Direção Geral de Inteligência Militar (DGIM) em San Cristóbal, no estado de Táchira, onde se encontra detido sob custódia.
Os editores do principal jornal do sul da Flórida mantiveram diversas conversas com funcionários do governo venezuelano para conseguir que Wyss seja posto em liberdade, enquanto o Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação da Venezuela não pôde esclarecer as causas da detenção.
"Estamos muito preocupados", declarou a diretora-executiva do "Herald", Aminda Marqués Gonzalez, que ressaltou que não existem indícios para a detenção do repórter.
"Estamos tentando determinar o que é o que está acontecendo. Estamos pedindo que Jim Wyss seja libertado imediatamente", ressaltou.
De acordo com declarações de alguns jornalistas na cidade de San Cristóbal, Wyss foi visto em custódia na tarde de hoje.
"Esteve aí por mais de 12 horas e segue sob custódia", disse a jornalista do jornal venezuelano "El Universal", Lorena Arráiz, em declarações recolhidas pelo "Herald".
Arráiz confirmou que conseguiu ver ao repórter, que " parecia bem", embora não tenham deixado que outros jornalistas se aproximassem para fazer perguntas.