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Corregedor da Câmara foi escudeiro de Severino

Eduardo da Fonte entrou na política como assessor de Severino, que renunciou à Presidência da Casa em 2005

Severino Cavalcanti, durante seu madato enquanto presidente da Câmara (AGÊNCIA BRASIL)

Severino Cavalcanti, durante seu madato enquanto presidente da Câmara (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 10h27.

Brasília - Uma cria política de Severino Cavalcanti é o novo corregedor da Câmara dos Deputados. Eleito anteontem para o cargo, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como Dudu, entrou na política como assessor de Severino, que renunciou à Presidência da Casa em 2005 em meio a um escândalo de pagamento de propina.

O novo corregedor emprega em seu gabinete a funcionária Gabriela Kênia Martins. Ela também trabalhou para Severino e ficou conhecida por receber, nominalmente, um cheque de R$ 7,5 mil do chamado “mensalinho” pago ao ex-patrão por Sebastião Buani, dono de um restaurante contratado pela Câmara na época.

Eduardo da Fonte, de 38 anos, era um fiel escudeiro de Severino quando estourou o escândalo. Foi lotado na assessoria entre março e outubro de 2005. Era sempre visto ao lado do deputado, carregando pastas e papéis. Após a crise em torno do chefe, decidiu se aventurar sozinho pela primeira vez nas urnas. Foi eleito deputado federal em 2006 e reeleito em 2010, com 330 mil votos.

Presidiu a CPI da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e anteontem, foi escolhido segundo vice-presidente da Câmara, cargo que acumula, entre outras funções, a corregedoria. Cabe ao corregedor fiscalizar e investigar possíveis irregularidades cometidas pelos parlamentares. Fonte sucede a ACM Neto (DEM-BA).

Procurado, o deputado disse que cumprirá o regimento na função de corregedor. "Serei rigoroso." Ele minimiza a relação com Severino. “Trabalhei com ele, mas depois o derrotei em 2006 nas urnas e hoje temos uma relação boa”, disse. Em relação à contratação da assessora Gabriela Martins, ex-funcionária de Severino, o deputado alegou que ela é “competente e mãe da família”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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