Rafael Correa: o líder criticou os meios de comunicação (AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2014 às 18h57.
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse neste sábado que vai pedir ao seu bloco legislativo que introduza uma emenda à Constituição do país para permitir a reeleição de todas as autoridades, incluindo a presidência.
"Eu decidi pedir para o nosso bloco na Assembleia que a Constituição seja alterada para estabelecer a reeleição por tempo indefinido em todas as posições de eleição popular para que o povo possa escolher quem continua e quem alterna", disse Correa durante seu discurso para a nação na Assembleia Nacional.
No entanto, Correa afirmou que sua decisão de concorrer novamente será decidida pelo seu movimento político Alianza Pais e levará em conta as condições antes das eleições de 2017.
Correa tomou posse em 2007 e rapidamente começou a mudar a Constituição para permitir que ele concorresse a um novo mandato, que ele ganhou em 2009.
No ano passado, ele venceu outra reeleição até 2017. No período acumulado no poder até 2017, Correa terá governado o Equador por cerca de 10 anos, um recorde no país andino.
Em seu discurso, Correa disse que grupos conservadores estão tentando levar o Equador de volta para o passado e as pessoas não devem dar lugar ao "retorno das elites".
O presidente também criticou duramente os meios de comunicação, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Força-Tarefa de Ação Financeira, sediada em Paris. "Eu entendo que a minha vida não é mais minha. É do meu povo e de meu país, e eu vou estar onde o momento histórico requer", disse Correa.
O presidente tem altos índices de popularidade e uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, com 100 dos 137 assentos.
Os elevados preços do petróleo durante o seu governo têm ajudado os investimentos públicos da administração de Correa, algo crucial para o crescimento econômico do país. No ano passado, a economia do Equador cresceu 4,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.