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Corpos de especialistas da ONU são encontrados na RDC

Os dois especialistas estavam desaparecidos desde 12 de março no centro da República Democrática do Congo

ONU: os especialistas foram sequestrados junto com seus quatro acompanhantes congoleses em Kasai Central, reduto dos milicianos de Kamwina Nsapu (Reprodução/Getty Images)

ONU: os especialistas foram sequestrados junto com seus quatro acompanhantes congoleses em Kasai Central, reduto dos milicianos de Kamwina Nsapu (Reprodução/Getty Images)

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AFP

Publicado em 28 de março de 2017 às 14h58.

Última atualização em 28 de março de 2017 às 14h59.

Os corpos de dois especialistas das Nações Unidas desaparecidos em 12 de março no centro da República Democrática do Congo (RDC) foram encontrados, informou nesta terça-feira à AFP o porta-voz do governo congolês.

"O comissário de polícia provincial acaba de retornar do local onde foram encontrados os cadáveres dos dois investigadores da ONU", declarou Lambert Mende à AFP. "A mulher foi decapitada e o corpo do homem está inteiro", disse ele.

"A polícia forense e membros da Monusco (Missão das Nações Unidas na RDC) acabam de deixar os dois corpos no necrotério da Monusco no aeroporto de Kananga", capital da província de Kasai Central, acrescentou.

Ambos os especialistas, o americano Michael Sharp e a sueca Zahida Catalan, foram sequestrados junto com seus quatro acompanhantes congoleses em Kasai Central, reduto dos milicianos de Kamwina Nsapu, líder tradicional que se rebelou contra o governo de Kinshasa antes ser morto durante uma operação militar em agosto de 2016.

John Sharp, pai do investigador americano, disse no Facebook ter sido informado de que "dois corpos caucasianos foram encontrados em covas rasas na área de buscas, um homem e uma mulher (...) Há uma probabilidade alta de que sejam MJ e Zaida".

A violência entre as forças de segurança e milicianos de Nsapu começaram em Kananga, a capital de Kasai Central, em setembro de 2016, antes de se espalhar para as províncias vizinhas de Kasai Oriental, Kasai e Lomani, deixando pelo menos 400 mortos.

O grupo de peritos da ONU sobre a RDC é composto por seis pessoas nomeadas a cada ano pelo secretário-geral das Nações Unidas. Desde 2004, seus membros escrevem um relatório anual sobre o tráfico ilícito de armas no território congolês, desestabilizado por numerosos grupos rebeldes desde o final da Segunda Guerra do Congo (1998-2003).

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