José Alencar, ex-vice-presidente: Fecomercio lamentou a falta que político fará (Elza Fiuza/ABr)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2011 às 20h27.
Brasília - O cerimonial do Palácio do Planalto preparou uma homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar semelhante à prestada a outro político mineiro, Tancredo Neves, morto em 1985. O corpo será transportado em carro aberto pelas principais avenidas de Brasília e será velado no Salão Nobre, espaço onde a dupla Lula-Alencar realizou os principais eventos públicos em oito anos de mandato.
Amanhã, por volta de 7 horas da manhã, o corpo de Alencar será transportado num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de São Paulo para Brasília. A aterrissagem na Base Aérea da capital está prevista para ocorrer às 9h25, onde o caixão passará por uma solenidade com honras militares, que contará com a presença do presidente em exercício Michel Temer e os presidentes do Senado, José Sarney, da Câmara, Marcos Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso.
Da Base Aérea, o corpo de Alencar será transportado em um carro aberto do Corpo de Bombeiros até o Planalto, passando pelo Eixão Sul e pelo Eixo Monumental, principais vias da capital. Homens do Batalhão Presidencial subirão com o corpo de Alencar a rampa do palácio. O velório ocorrerá no Salão Nobre, mesmo local onde Tancredo foi velado.
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem a Portugal, só devem chegar a Brasília no início da noite. Mas, a partir de 10h30, o palácio estará aberto a visitação pública.
O corpo de Alencar ficará exposto no Planalto até a manhã de quinta-feira, quando será levado para Belo Horizonte. Funcionários antigos do palácio lembraram que outros homens que passaram pela Presidência, na titularidade e na interinidade, não tiveram a mesma homenagem, na lista estão duas figuras mineiras que eram consideradas referências pelo próprio Alencar.
O presidente Juscelino Kubitschek (1956-1960), morto num acidente de automóvel em 1976, em pleno regime militar, foi carregado na Esplanada dos Ministérios por milhares de pessoas, mas não recebeu homenagem no Palácio que construiu. O ex-vice-presidente Aureliano Chaves (1979-1985), morto em 1983, também não recebeu homenagem do Planalto.