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Corpo de Alencar começa a ser cremado em Minas

Na chegada ao cemitério, por volta das 14h30, o caixão foi recebido com honras militares pelo Exército, com salva de 3 tiros de fuzil e 21 de canhão

Caixão de José Alencar: algumas pessoas seguravam a bandeira do Brasil no cortejo (Valter Campanato/ABr)

Caixão de José Alencar: algumas pessoas seguravam a bandeira do Brasil no cortejo (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 17h09.

Contagem - Terminou por volta das 15 horas de hoje a cerimônia de despedidas da família ao ex-vice-presidente José Alencar no cemitério Parque Renascer, em Contagem (MG), onde o corpo será cremado ainda nesta tarde. Segundo a família, as cinzas serão levadas para a Igreja Nossa Senhora da Glória em Muriaé, cidade mineira onde o ex-vice-presidente nasceu. Um dos netos dele ficou no crematório para receber as cinzas.

De acordo com assessores da Casa Militar do governo de Minas Gerais, o procedimento de cremação, que geralmente leva 24 horas, foi acelerado para que a família recebesse as cinzas ainda hoje. Conforme o irmão Antonio Gomes da Silva, o ex-vice-presidente queria ser cremado e ter os restos mortais depositados na igreja onde foi batizado. "Isso era um pensamento dele. Ele sempre pensou que a pessoa tinha de voltar por onde passou", disse o irmão, emocionado.

Na chegada ao cemitério, por volta das 14h30, o caixão foi recebido com honras militares pelo Exército, com salva de 3 tiros de fuzil e 21 de canhão. Antonio Gomes da Silva descreveu a cerimônia de despedidas da família como simples, mas emocionante. A família recebeu pétalas de rosas para jogar sobre o caixão. Ele disse que a cerimônia "retratou o fim dessa luta, dessa vida aqui". O irmão de Alencar agradeceu as demonstrações de carinho recebidas pela família em Brasília e em Minas Gerais. "Estamos muito agradecidos. Vocês não podem compreender o quanto", afirmou.

Sofrimento

Para a família, Alencar ficará na lembrança pela simplicidade e retidão. "Ele sempre foi uma pessoa extraordinária", definiu a irmã do ex-vice-presidente Célia Peres da Silva Freitas. Ela lembrou que os 13 anos de luta contra o câncer foram um sofrimento para toda a família. "Eu sofri com ele nessa doença, sofri dia e noite, e eu rezava, mas sabendo que o caso dele era muito grave".

No final da cerimônia, o filho Josué Gomes da Silva deixou o crematório carregando a bandeira brasileira que cobriu o caixão de Alencar. A família ainda não decidiu quando as cinzas serão levadas para Muriaé.

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