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Coreia do Sul investiga viagens de agressor ao Norte

Embaixador norte-americano Mark Lippert precisou levar 80 pontos após sofrer um corte no rosto durante um fórum que discutia a unificação das Coreias


	Mark Lippert após facada: o ataque foi realizado por um cidadão sul-coreano que disse estar protestando contra os exercícios militares com os EUA
 (REUTERS/Munhwa Ilbo)

Mark Lippert após facada: o ataque foi realizado por um cidadão sul-coreano que disse estar protestando contra os exercícios militares com os EUA (REUTERS/Munhwa Ilbo)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 09h01.

Seul - A polícia da Coreia do Sul informou nesta sexta-feira que está investigando possíveis ligações entre o ataque com uma faca contra o embaixador dos Estados Unidos em Seul e as várias visitas do agressor à Coreia do Norte, ao mesmo tempo que busca indiciá-lo por tentativa de homicídio.

O embaixador norte-americano Mark Lippert precisou levar 80 pontos após sofrer um corte no rosto durante um fórum que discutia a unificação das Coreias na capital sul-coreana, Seul, na quinta-feira.

O ataque foi realizado por um cidadão sul-coreano que disse estar protestando contra os exercícios militares anuais realizados em parceria por EUA e Coreia do Sul, que começaram esta semana.

Uma autoridade da equipe que investiga o ataque disse que a polícia solicitou um mandato de prisão formal, sob acusações que incluem tentativa de homicídio, para o agressor, identificado como Kim Ki-jong, de 55 anos.

De acordo com investigadores, Kim fez sete visitas à Coreia do Norte entre 1999 e 2007.

"Estamos investigando se há alguma ligação entre as visitas do suspeito à Coreia do Norte e o crime cometido contra o embaixador dos EUA", disse Yoon Myeong-seong, chefe de polícia do bairro de Jongno, em Seul, a jornalistas.

A maioria dos sul-coreanos nunca visitou o isolado Norte. Os dois Estados permanecem tecnicamente em guerra, sob uma trégua que encerrou os combates da Guerra da Coreia (1950-1953).

Kim negou na sexta-feira que suas ações tivessem qualquer ligação com a Coreia do Norte, dizendo que a acusação era "sem sentido". Ao deixar uma delegacia de polícia a caminho do tribunal, disse a repórteres que nunca esteve no Norte.

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