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Coreia do Sul escolhe novo líder com liberal Moon favorito

Votação porá fim a um vácuo de liderança que durou meses após o impeachment da ex-presidente Park Geun-hye

A menos que aconteça uma grande surpresa, o liberal Moon Jae-in será eleito presidente da Coreia do Sul (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

A menos que aconteça uma grande surpresa, o liberal Moon Jae-in será eleito presidente da Coreia do Sul (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 08h37.

Última atualização em 9 de maio de 2017 às 10h23.

Seul - Os sul-coreanos foram às urnas para eleger um novo líder nesta terça-feira, e o alto comparecimento leva a crer que os eleitores estão ansiosos para superar um escândalo de corrupção que derrubou a ex-presidente e abalou a elite política e empresarial do país.

A menos que aconteça uma grande surpresa, o liberal Moon Jae-in --que defende uma abordagem moderada para a Coreia do Norte, quer reformar poderosos conglomerados familiares e intensificar o gasto fiscal para gerar empregos-- será eleito presidente.

Pesquisas boca de urna confirmaram as expectativas de vitória de Moon.

A votação porá fim a um vácuo de liderança que durou meses. A ex-presidente Park Geun-hye sofreu um impeachment devido a acusações de suborno e abuso de poder em março e se tornou a primeira líder sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo.

Park está presa e em julgamento, mas nega qualquer irregularidade. Ela decidiu não votar, relatou a mídia da Coreia do Sul.

A Comissão Nacional Eleitoral disse que o comparecimento era de 67,1 por cento no meio da tarde, mais do que os 65,2 por cento vistos na mesma ocasião na eleição presidencial anterior de 2012.

A comissão acredita que o comparecimento total será de mais de 80 por cento, portanto o mais alto desde que o presidente Kim Dae-jung foi eleito em 1997, quando 80,7 por cento dos eleitores votaram.

Moon, do Partido Democrático, que perdeu para Park por uma pequena margem em 2012, criticou os dois governos conservadores anteriores por não terem conseguido refrear o desenvolvimento de armas norte-coreano. Ele defende uma política dupla de diálogo e de manutenção da pressão e das sanções para incentivar mudanças.

Em uma transmissão ao vivo no YouTube nesta terça-feira, ele disse que a Coreia do Sul deveria ter uma atuação diplomática mais ativa para conter a ameaça nuclear do Norte e não assistir passivamente enquanto os Estados Unidos e a China conversam entre si.

Uma pesquisa do instituto Gallup Korea da semana passada mostrou Moon com 38 por cento de apoio entre 13 candidatos, e o político de centro Ahn Cheol-soo como seu adversário mais próximo com 20 por cento das intenções de voto.

O vencedor deve ser empossado na quarta-feira, após a divulgação do resultado oficial. A maioria dos candidatos, incluindo Moon e Ahn, disse que irá dispensar uma cerimônia de posse requintada e começar a trabalhar de imediato.

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