SEOUL, SOUTH KOREA - 2023/01/01: A TV screen shows footage of South Korean President Yoon Suk Yeol's New Year's address during a news program at the Yongsan Railway Station in Seoul. President Yoon Suk Yeol vowed on January 1, 2023, to push reforms in labor, education, and pensions, saying they cannot be delayed any longer and the country's future depends on it. In a New Year's address live from his office, Yoon outlined his administration's plans to tackle economic challenges, such as by changing the country's export strategy and investing in future strategic technologies. President Yoon Suk Yeol ordered military commanders on January 1, 2023, to punish any North Korean provocations without fail with a "firm determination not to avoid going to war," an official said. Yoon made the call in virtual talks with Joint Chiefs of Staff Chairman Gen. Kim Seung-kyum and other commanders, as the North's state media reported that North Korean leader Kim Jong-un has called for an "exponential" increase in the country's nuclear arsenal while naming the South "our undoubted enemy.". (Photo by Kim Jae-Hwan/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) (Kim Jae-Hwan/Getty Images)
AFP
Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 11h44.
Última atualização em 2 de janeiro de 2023 às 11h57.
Seul e Washington discutem a realização de exercícios conjuntos com equipamento nuclear americano, em resposta às crescentes ameaças da Coreia do Norte, informou o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol.
Em entrevista ao jornal Chosun Ilbo publicada nesta segunda-feira, 2, Yoon disse que o "guarda-chuva nuclear" e a "dissuasão estendida" existentes, por parte dos Estados Unidos, agora são insuficientes para proteger os sul-coreanos.
"As armas nucleares pertencem aos Estados Unidos, mas o planejamento, o compartilhamento de informações, os exercícios e o treinamento devem ser conjuntos entre Coreia do Sul e Estados Unidos", afirmou Yoon, acrescentando que Washington é favorável à ideia.
Seus comentários surgem um dia depois de a imprensa estatal ter informado que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, pediu um aumento "exponencial" no arsenal nuclear de seu país e mais mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) para contrabalançar o que entende como hostilidade de Washington e Seul.
Em um relatório ao fim de uma reunião-chave de seu partido, Kim pediu "um aumento exponencial do arsenal nuclear do país", noticiou a agência KCNA no domingo (noite de sábado, 31, no Brasil).
O texto afirma que o Norte precisa "produzir em massa armas nucleares táticas" e "desenvolver outro sistema de mísseis balísticos intercontinentais, cuja missão principal é um rápido contra-ataque nuclear".
Esses objetivos fazem parte da nova orientação da estratégia nuclear e de defesa de 2023, completa a matéria.
A tensão militar se acentuou na península coreana em 2022, devido à série recorde de testes de armamentos feitos pelo Norte e ao reforço de exercícios conjuntos entre os Exércitos sul-coreano e americano.
A série de disparos de Pyongyang terminou no sábado, 30, com três mísseis de curto alcance e, em seguida, com um lançamento incomum, na madrugada de domingo, às 2h50 locais (15h50 de sábado em Brasília), relataram os militares sul-coreanos.
De acordo com a agência KCNA, foram "disparos de teste de vários grandes lança-foguetes".
Kim disse que as armas têm capacidade de "carregar ogivas nucleares táticas" e põem a Coreia do Sul "totalmente dentro do alcance" do impacto.
Sob Yoon, a Coreia do Sul intensificou suas manobras militares com os Estados Unidos.
As operações foram reduzidas durante a pandemia de covid-19, e suspensas por seu antecessor Moon Jae-in, que buscava uma (fracassada) aproximação diplomática com o Norte.
Desde o colapso das negociações em 2019, Kim insiste em seus programas de armas proibidas, enquanto Seul e Washington alertam, há meses, que Pyongyang se prepara para lançar seu sétimo teste nuclear.
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