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Coreia do Sul e China completam 25 anos de relações diplomáticas

Celebração ocorre em pleno momento de tensão na península coreana

Presidente da Coreia do Sul: e presidente chinês trocaram mensagens de felicitação nas quais enfatizaram a importância dos laços bilaterais (Seo Myeong-gon /Yonhap/Reuters)

Presidente da Coreia do Sul: e presidente chinês trocaram mensagens de felicitação nas quais enfatizaram a importância dos laços bilaterais (Seo Myeong-gon /Yonhap/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 08h30.

Seul - Coreia do Sul e China celebram nesta quinta-feira o 25º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, em pleno momento de tensão na Península Coreana após a instalação em território sul-coreano do escudo antimísseis americano THAAD, em resposta aos testes armamentistas da Coreia do Norte.

Os presidentes dos dois países, Moon Jae-in e Xi Jingping, assim como seus chanceleres, trocaram hoje mensagens de felicitação nas quais enfatizaram a importância dos laços bilaterais, informou a Chancelaria da Coreia do Sul em comunicado.

Moon destacou o avanço que representou o estabelecimento de relações, formalizado em 24 de agosto de 1992, enquanto Xi reiterou que esses laços "trouxeram benefícios substanciais para os cidadãos dos dois países".

O presidente chinês também manifestou seu desejo de que ambos possam administrar suas diferenças "de maneira apropriada" e possam aprofundar sua relação de "forma estável e saudável".

A principal desavença entre Seul e Pequim é atualmente o escudo antimísseis THAAD, um fator que levou a China a iniciar um boicote não declarado contra produtos, empresas e interesses sul-coreanos desde que começou a instalação do equipamento militar americano.

Seul e Washington defendem que o escudo tem como único objetivo abater mísseis norte-coreanos devido ao aumento do número de testes realizados por Pyongyang, mas Pequim acredita que os radares do THAAD podem ser utilizados para espionar suas bases militares e insistiu na necessidade de sua remoção.

Após décadas de tensão entre dois vizinhos que não reconheciam oficialmente a legitimidade dos seus respectivos governos, pois Seul reconhecia apenas Taiwan e Pequim o regime norte-coreano, a queda da última junta militar na Coreia do Sul deu início a uma aproximação progressiva que culminaria com o estabelecimento de relações em 1992.

Desde então, os laços se fortaleceram gradualmente, sobretudo no âmbito comercial, até o ponto em que a China é hoje o maior parceiro comercial da Coreia do Sul.

No entanto, após um notável esforço por parte do governo da presidente destituída da Coreia do Sul, Park Geun-hye, para conseguir uma aproximação maior com Pequim e diminuir o peso do Japão na região, a aprovação para a instalação do THAAD acabou prejudicando esses avanços.

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