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Coreia do Sul diz que não há sinais de teste nuclear

Depois de anunciar que a atividade era intensa na unidade atômica norte-coreana, o ministério da Unificação afirmou que outro teste não parece ser "iminente"

Soldado sul-coreano prepara barricada em uma estrada próxima do complexo industrial de Kaesong (AFP / Jung Yeon-Je)

Soldado sul-coreano prepara barricada em uma estrada próxima do complexo industrial de Kaesong (AFP / Jung Yeon-Je)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 07h31.

Seul - A Coreia do Sul informou nesta segunda-feira que não existem sinais de que a Coreia do Norte esteja preparando o quarto teste nuclear, depois de anunciar poucas horas antes que a atividade era intensa na principal unidade atômica norte-coreana.

"Há atividades, mas parecem ser atividades de rotina nas instalações de Punggye-ri, onde acontecem este tipo de teste", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Kim Min-Seok.

O ministério da Unificação afirmou que outro teste não parece ser "iminente".

O ministro da Unificação, Ryoo Kihl-jae, havia declarado a uma comissão parlamentar que Pyongyang parecia preparar para os próximos dias um lançamento de teste de míssil balístico, assim como um quarto teste nuclear.

"Sim, há sinais de uma atividade pouco habitual ao redor da principal unidade norte-coreana de testes nucleares", disse.

Em Haia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu Coreia do Norte que não faça novas provocações.

"A República Popular Democrática da Coreia não pode continuar assim, enfrentando e desafiando a autoridade do Conselho de Segurança e a comunidade internacional", disse.

"Peço que se abstenham de adotar novas medidas de provocação", disse.


"É um pedido urgente e honesto da comunidade internacional, que me inclui", declarou Ban após um encontro com o ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans.

Ao mesmo tempo, um dirigente do Partido Comunista norte-coreano, Kim Yang Gon, afirmou, segundo a agência oficial KCNA, que Pyongyang vai retirar os 53.000 trabalhadores da zona industrial conjunta com a Coreia do Sul de Kaesong.

"Pyongyang suspenderá temporariamente as operações na região e estudará o tema para saber se deve permitir sua existência ou fechá-lo", disse Gon.

"As decisões são inevitáveis pela atitude belicista dos que buscam fazer de Kaesong um objeto de confronto", declarou Kim Yang Gon, que visitou o complexo na manhã desta segunda-feira.

"A maneira como a situação evoluirá nos próximos dias dependerá em sua totalidade da atitude das autoridades sul-coreanas", completou.

De acordo com o jornal New York Times, Estados Unidos e Coreia do Sul elaboram planos para responder de medida coordenada as ações da Coreia do Norte, mas com o objetivo de evitar uma escalada para uma guerra aberta.


O jornal, que cita fontes não identificadas do governo, destacou que o plano para contra-atacar as provocações prevê uma resposta imediata, mas proporcional à Coreia do Norte, caso Pyongyang decida executar um ataque terrestre ou disparar um míssil.

De acordo com o plano, qualquer ataque de Pyongyang será respondido com armas similares, acrescentou o jornal.

No caso de bombardeio dos norte-coreanos a uma ilha sul-coreana com instalações militares, o plano define uma rápida resposta com uma carga de intensidade similar.

O Japão ordenou a suas forças a derrubada de qualquer míssil norte-coreano que apontar para seu território, anunciou uma fonte do ministério da Defesa.

A ordem do ministro japonês da Defesa, Itsunori Onodera, implica sobretudo o deslocamento no mar do Japão de destróieres equipados com o sistema de intercepção Aegis.

"Não convocaremos nenhuma entrevista coletiva especial porque não queremos depender das provocações norte-coreanas. E a Coreia do Norte teria indicações de nossa estratégia se apresentássemos detalhes em público", disse a fonte, que pediu anonimato.

"Não existe uma alta probabilidade de que este míssil aponte para o Japão, mas decidimos por uma preparação para qualquer eventualidade", completou.

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