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Coreia do Sul, China e Japão farão primeiro encontro desde 2019

Cúpula acontece num momento de tensão na região e crescente rivalidade entre China e EUA

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de maio de 2024 às 14h23.

Última atualização em 23 de maio de 2024 às 15h36.

Os líderes de Coreia do Sul, China e Japão se encontrarão no primeiro encontro trilateral dos países desde 2019. A reunião vai acontecer em Seul nos dias 26 e 27 de maio, anunciou o governo sul-coreano. As informações são da Reuters.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, manterá conversas bilaterais com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, no domingo, antes de sua reunião tripartite na segunda-feira, informou o conselheiro adjunto de segurança nacional, Kim Tae-hyo.

Os três adotarão uma declaração conjunta sobre seis áreas, incluindo economia e comércio, ciência e tecnologia, intercâmbios entre pessoas, saúde e envelhecimento da população.

"Esta cúpula será um ponto de inflexão para restaurar e normalizar completamente o sistema de cooperação trilateral, ao mesmo tempo que proporcionará uma oportunidade de garantir o impulso para uma cooperação prática e voltada para o futuro, da qual os povos dos três países possam sentir os benefícios", disse Kim em uma coletiva de imprensa.

Os vizinhos concordaram em realizar uma cúpula todos os anos a partir de 2008 para impulsionar a cooperação regional, mas a iniciativa foi interrompida por rixas bilaterais e pela pandemia da covid-19. Sua última cúpula foi no final de 2019.

Momento de tensão

A cúpula ocorre num momento em que a Coreia do Sul e o Japão têm trabalhado para melhorar as relações azedadas por disputas históricas e, ao mesmo tempo, aprofundam uma parceria de segurança com os Estados Unidos em meio à crescente rivalidade sino-americana.

Pequim já havia alertado que os esforços de Washington para intensificar as relações com Seul e Tóquio poderiam alimentar a tensão e o confronto na região.

Coreia do Sul e Japão também advertiram contra qualquer tentativa de mudar à força o status quo de Taiwan, enquanto a China criticou na terça-feira a decisão de congressistas sul-coreanos e japoneses de comparecer à posse do presidente taiwanês, Lai Ching-te. Nesta quinta, a China iniciou um grande exercício militar na região como forma de "punir os provocadores".

Espera-se que os três países também discutam os programas de armas em desenvolvimento da Coreia do Norte.

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