2,6 milhões de norte-coreanos são vítimas de escravidão moderna, segundo a Walk Free (Rahman Roslan/Getty Images)
EFE
Publicado em 19 de julho de 2018 às 11h36.
Nações Unidas - A Coreia do Norte tem o maior problema de escravidão moderna do mundo, com um em cada dez habitantes, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira pelas Nações Unidas pela fundação Walk Free.
A maioria dessas pessoas em situação de escravidão no país asiático são vítimas do Estado, que transformou os trabalhos forçados em uma parte central do seu sistema político, assegura este Índice Global de Escravidão 2018.
No total, a Walk Free calcula que cerca de 2,6 milhões de norte-coreanos são vítimas de escravidão moderna, embora os números não sejam muito precisos tendo em vista a dificuldade de se ter acesso a dados confiáveis.
Segundo essa estimativa, aproximadamente um em cada dez habitantes do país sofrem com este problema.
Depois da Coreia do Norte, o país com maior prevalência de escravidão moderna é a Eritreia, onde o regime também obriga seus habitantes a trabalhos forçados há décadas, segundo o relatório.
Burundi, República Centro-Africana, Afeganistão, Mauritânia, Sudão do Sul, Paquistão, Camboja e Irã completam os primeiros postos do índice elaborado por esta organização, fundada pelo magnata australiano Andrew Forrest para combater a escravidão moderna.
Segundo o relatório, com dados de 2016, os países com mais dificuldades neste âmbito se caracterizam por ter regimes muito repressivos ou por situações de conflito.
A Walk Free define escravidão moderna como qualquer situação de exploração que uma pessoa não pode deixar por causa de ameaças, violência, coerção, abuso de poder ou enganos.