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Coreia do Norte só aceitará ajuda não supervisionada

A rejeição de Pyongyang à ajuda humanitária das ONGs sul-coreanas chega dias depois que representantes dos Estados Unidos e Coreia do Norte conversarem em Pequim

A Coreia do Norte vive uma permanente crise econômica desde os anos 90, quando se calcula que cerca de dois milhões de pessoas morreram em uma crise de fome em massa (KCNA via KNS/Arquivo/AFP)

A Coreia do Norte vive uma permanente crise econômica desde os anos 90, quando se calcula que cerca de dois milhões de pessoas morreram em uma crise de fome em massa (KCNA via KNS/Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 06h23.

Seul - A Coreia do Norte só aceitará ajuda humanitária das organizações da Coreia do Sul que chegar sem o condicionante de ter de ser supervisionada pelo Sul, informou nesta segunda-feira a agência sul-coreana de notícias Yonhap.

Em um contato recente com representantes das entidades sul-coreanas, as autoridades do regime comunista teriam rejeitado assistência oferecida pelas ONGs, por ela ter de ser submetida a um controle da distribuição, segundo dois diretores de organizações privadas de ajuda humanitária sul-coreanas que preferiram ficar no anonimato.

A Coreia do Norte especificou que só aceitará ajuda humanitária 'pura' da Coreia do Sul, acrescentaram os representantes das organizações privadas sul-coreanas.

No entanto, apesar da recusa, um dos diretores assegurou que sua organização não vai desistir de seus planos de enviar este ano ajuda em alimentos ao empobrecido país.

O Governo da Coreia do Sul impõe a toda organização que deseja enviar ajuda para a Coreia do Norte que ele realize uma estrita supervisão da mesma, para assegurar que seja distribuída entre os mais necessitados e evitar que acabe nas mãos das elites políticas e do Exército.

No ano passado várias ONGs da Coreia do Sul doaram cerca de 3.000 toneladas de farinha para a Coreia do Norte e enviaram supervisores ao país vizinho para garantir a transparência na distribuição da assistência.

A rejeição de Pyongyang à ajuda humanitária das ONGs sul-coreanas chega dias depois que representantes dos Estados Unidos e Coreia do Norte conversaram em Pequim sobre seu recente acordo sobre a desnuclearização do país comunista.

A Coreia do Norte vive uma permanente crise econômica desde os anos 90, quando se calcula que cerca de dois milhões de pessoas morreram em uma crise de fome em massa, e desde então depende da ajuda externa para alimentar sua população.

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