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Coreia do Norte responde a Trump e diz que não quer "cúpulas infrutíferas"

Porta-voz da Coreia do Norte enfatizou que as negociações entre Kim Jong-un e Trump não avançaram

Coreia do Norte: o governo norte-coreano pediu que os EUA abandonem sua "política hostil" (Kevin Lamarque/Reuters)

Coreia do Norte: o governo norte-coreano pediu que os EUA abandonem sua "política hostil" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 10h19.

Última atualização em 18 de novembro de 2019 às 11h21.

Seul — A Coreia do Norte respondeu nesta segunda-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não está interessado em realizar mais "cúpulas infrutíferas" entre os líderes dos dois países e pediu novamente que Washington abandone sua "política hostil" caso tenha interesse em prosseguir com o diálogo.

"Não estamos mais interessados em cúpulas infrutíferas", disse o ex-vice ministro das Relações Exteriores, Kim Kye-gwan, em comunicado divulgado hoje pela agência estatal "KCNA".

As palavras duras de Kim respondem a uma mensagem no Twitter publicada ontem por Trump, onde ele pediu para a Coreia do Norte "agir rapidamente e fechar um acordo" após o anúncio feito pelo Pentágono do cancelamento de manobras militares com Seul para favorecer o processo diplomático.

Kim, ex-vice-chanceler e uma das principais figuras do regime em termos de diplomacia e programa nuclear de Pyongyang, enfatizou que as três cúpulas entre Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un não conseguiram melhorar a relação bilateral e acusou Washington de fazer o público acreditar que está sendo feito um progresso em torno da desnuclearização da península.

"Não vamos dar ao presidente americano nada para ele se gabar sem receber nada em troca. Precisamos obter um preço justo em troca de tudo o que o presidente Trump se gabou ter conseguido por conta própria", disse Kim no comunicado.

O representante norte-coreano também insistiu que os EUA devem encerrar sua "política hostil" em relação à Coreia do Norte se quiser que o diálogo permaneça vivo.

O cancelamento das manobras anunciadas ontem visa impulsionar o processo de desnuclearização, bloqueado desde a fracassada cúpula no mês de fevereiro, em Hanói (Vietnã), onde Washington considerou insuficiente a oferta norte-coreana em relação ao desmantelamento de seus ativos nucleares e se recusou a suspender as sanções econômicas.

No mês passado, aconteceu uma reunião de trabalho em Estocolmo (Suécia), mas o encontro foi encerrado com os norte-coreanos acusando Washington de não oferecer nada de novo e de manter ativa sua "política hostil".

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