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Coreia do Norte reitera lançamento de satélite

Anúncio foi feito no mesmo dia em que a Coreia do Norte realizou um teste de mísseis de curto alcance

Ativistas sul-coreanos protestam com boneco do dirigente norte-coreano Kim Jong-un (Jung Yeon-Je/AFP)

Ativistas sul-coreanos protestam com boneco do dirigente norte-coreano Kim Jong-un (Jung Yeon-Je/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 12h51.

Seul - A Coreia do Norte reiterou nesta sexta-feira sua intenção de lançar um satélite de observação, em uma operação prevista para meados de abril e que representa "um símbolo de uma nova era de paz e prosperidade" do país comunista, informou a agência sul-coreana "Yonhap".

Segundo o Comitê da Coreia do Norte para a Reunificação Pacífica de Coreia, o satélite também representa "a dignidade e o orgulho" do país, em uma declaração divulgada pela agência norte-coreana "KCNA" e retransmitida pela "Yonhap".

O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Coreia do Norte realizou um teste de mísseis de curto alcance, o que aumentou a tensão internacional, que condenou em repetidas ocasiões a intenção de Pyongyang de pôr em órbita um satélite através de um projétil de longo alcance.

Tanto a Coreia do Sul como os Estados Unidos, Japão e a ONU consideram que a ação encobre um teste balístico de mísseis, algo que Pyongyang nega, alegando que se trata de "um direito legítimo" e que seus fins são exclusivamente científicos.

Neste sentido, a Coreia do Norte insistiu que cumprirá as normas internacionais sobre operações espaciais com fins pacíficos e que permitirá a jornalistas e analistas estrangeiros visitar a plataforma de lançamento para acabar com as críticas.

Apesar destas explicações, os EUA já avisaram que suspenderão a ajuda de alimentos à Coreia do Norte por considerar que o satélite que Pyongyang deve enviar viola uma resolução de 2009 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe o lançamento de mísseis.

O anúncio dos EUA acontece pouco depois do compromisso firmado recentemente com a Coreia do Norte, sob a nova liderança de Kim Jong-un, pelo qual foi imposta uma moratória em seus programas nucleares e de mísseis em troca de 240 mil toneladas de ajuda alimentar.

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