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Coreia do Norte realizará "desmantelamento público" da sua base nuclear

Kim propôs a Moon na cúpula que o fechamento de Punggye-ri (nordeste do país) aconteça publicamente

Coreia do Norte: Kim disse que convidaria especialistas e jornalistas para presenciar o encerramento do centro de testes atômicos (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: Kim disse que convidaria especialistas e jornalistas para presenciar o encerramento do centro de testes atômicos (KCNA/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de abril de 2018 às 09h37.

Seul - A Coreia do Norte ofereceu realizar um "desmantelamento público" do seu centro de testes atômicos de Punggye-ri em maio, por causa do seu compromisso de desnuclearização assumido na cúpula com a Coreia do Sul de sexta-feira, segundo informou neste domingo o Governo de Seul.

Pyongyang ofereceu encerrar de forma definitiva o centro no qual realizou seus seis testes atômicos depois que ambos os países se comprometeram à "completa desnuclearização" da península na cúpula entre Moon Jae-in e Kim Jong-un, segundo anunciou em comunicado o escritório presidencial sul-coreano.

Segundo explicou Seul, Kim propôs a Moon na cúpula que o fechamento de Punggye-ri (nordeste do país) aconteça publicamente para ressaltar o compromisso de Pyongyang com a desnuclearização.

Nesse sentido, o líder norte-coreano disse que convidaria especialistas e jornalistas para presenciar o encerramento do centro de testes atômicos.

"Alguns dizem que estamos fechando instalações que são inúteis, mas verão que estão em muito boas condições", disse Kim ao presidente sul-coreano, segundo informou seu escritório.

Muitos especialistas consideraram que as instalações de Punggye-ri ficaram irreversivelmente danificadas após a sexta (e mais potente até o momento) detonação nuclear subterrânea realizada por Pyongyang em setembro do ano passado.

Os analistas colocaram dúvidas a respeito do compromisso da Coreia do Norte, tendo em vista a falta de especificações na declaração assinada na sexta-feira a respeito dos mecanismos para implementar o mencionado desarmamento e diante dos maus precedentes da década passada.

Nesse sentido, Pyongyang se negou a facilitar as inspeções das suas instalações e arsenais durante as conversas de seis lados (nas quais participaram as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão) realizadas para negociar o fim do programa atômico norte-coreano.

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