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Coreia do Norte propõe reencontros de famílias separadas

Coreia do Norte fez proposta à Coreia do Sul para retomar reencontros de famílias separadas pelo conflito que os dois países enfrentaram entre 1950 e 1953


	Rua na Coreia do Norte: autoridades de Pyongyang fizeram a proposta através de uma ligação ao presidente da Cruz Vermelha sul-coreana
 (AFP/Getty Images)

Rua na Coreia do Norte: autoridades de Pyongyang fizeram a proposta através de uma ligação ao presidente da Cruz Vermelha sul-coreana (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 10h07.

Tóquio - A Coreia do Norte fez nesta sexta-feira uma proposta ao governo da Coreia do Sul para retomar a partir do mês que vem os reencontros de famílias separadas pelo conflito que os dois países enfrentaram entre 1950 e 1953.

As autoridades de Pyongyang fizeram a proposta através de uma ligação ao presidente da Cruz Vermelha sul-coreana em aldeia na fronteira de Panmunjom, informou a agência de notícias do regime comunista "KCNA".

Segundo a agência sul-coreana "Yonhap", o governo de Seul se mostrou satisfeito com a proposta da Coreia do Norte.

O regime de Pyongyang havia rejeitado em 9 de janeiro a última proposta de Seul de organizar para o fim deste mês a reunião de famílias separadas pela guerra e acrescentou que aconteceriam no "momento adequado", sem dizer uma data específica.

O governo sul-coreano propôs alguns dias antes ao regime comunista realizar um encontro de famílias separadas aproveitando o Ano Novo Lunar, uma das duas maiores festas dos coreanos, que neste ano cai no dia 31 de janeiro.

Em outubro, as duas Coreias protagonizaram a última tentativa fracassada de recuperar esses eventos humanitários, suspensos desde 2010.

O gesto conciliador de Pyongyang coincidiu hoje com a publicação de uma carta aberta do regime norte-coreano voltada aos cidadãos e autoridades da Coreia do Sul na qual insistiu em sua proposta de iniciar uma etapa de paz em troca que Seul e Washington cancelem suas próximas manobras militares na região.

O regime de Kim Jong-un insistiu em "criar um clima de reconciliação e unidade, deter totalmente os atos militares hostis" e retomar projetos comuns como as reuniões de famílias separadas e os tours ao monte norte-coreano Kumgang, segundo a carta assinada pela Comissão Nacional de Defesa.

As duas Coreias realizaram seu primeiro evento de reunificação de famílias em 1985, mas as comumente tensas relações bilaterais impediram dar periodicidade aos encontros.

Após um parêntese de 15 anos, entre 2000 e 2010 houve 18 reuniões que permitiram voltar a se reunir brevemente mais de 3.800 familiares após décadas de separação.

Dezenas de milhares de pessoas do Norte e do Sul não conseguiram retomar contato com seus parentes do outro lado da fronteira desde o fim da Guerra da Coreia em 1953 com a divisão da península coreana sob dois sistemas irreconciliáveis.

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