Mundo

Coreia do Norte promete “prêmio” para fugitivos que voltarem

A nova estratégia do líder do país comunista é atrair quem fugiu da Coreia do Norte com promessas de recompensas e liberdade, segundo a Reuters


	Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte: ele assumiu o poder após a morte do pai, Kim Jong-il, em 2011 
 (AFP)

Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte: ele assumiu o poder após a morte do pai, Kim Jong-il, em 2011  (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 17h38.

São Paulo – Segurança, dinheiro e até emprego. Estas teriam sido as promessas feitas pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para os dissidentes do país que decidirem voltar à pátria, segundo a agência de notícias Reuters.

Os cidadãos que tiverem fugido do país, que sofre repressão sob o regime totalitarista socialista, poderão, segundo a Reuters, retornar à Coreia do Norte sem medo de retaliação. A promessa teria sido feita para familiares de dissidentes.

O objetivo, de acordo com a agência de notícias, seria retratar, em cadeia nacional, a Coreia do Sul, para onde muitos refugiados migram, como um país onde os norte-coreanos vivem na miséria e à margem da sociedade.

Por isso, o plano do governo do norte seria transmitir a história e os motivos para o retorno dos ex-fugitivos em rede nacional de televisão. Às famílias, Pyongyang teria prometido segurança para estas pessoas.

Ontem, Kim Jong-um aceitou a proposta do governo do Sul de negociar a retomada de encontros de famílias que foram separadas pela guerra, que ainda está, tecnicamente, em vigor, após a adoção de um acordo de trégua.

Com medidas estas medidas, o polêmico líder norte-coreano adota uma postura diferente da do pai, Kim Jong-il, que se recusava a admitir que havia fuga de cidadãos do país e punia severamente as famílias daqueles que conseguiam fugir.

Mas Kim Jong-un já se mostrou mais extremista do que o pai em outras situações. Entre abril e maio de 2013, por exemplo, Kim Jong-un chegou a ameaçar atacar com armas nucleares os Estados Unidos e a Coreia do Sul. No período, o líder do país asiático autorizou testes militares e gerou dúvidas sobre sua suposta capacidade em equipar um míssil com uma ogiva nuclear.

A tensão na área aumentou com as ameaças do regime. Em resposta, o presidente norte-americano Barack Obama afirmou em diversas ocasiões que não iria ceder ao que ele chamou de “provocações” norte-coreanas. Em maio, rodadas de negociações, a promessa da Organização das Nações Unidas (ONU) em enviar US$ 200 milhões em ajuda alimentícia ao país, entre outros fatores, fizeram o governo do norte pausar as ameaças.

Aos 27 anos, Kim Jong-um, considerado o “líder supremo da Coreia do Norte”, assumiu o comando do país após a morte de seu Kim Jong-il, em dezembro de 2011.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulEstados Unidos (EUA)GuerrasONUPaíses ricos

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico