Mundo

Kim: pra frente ou pra guerra?

Sobram dúvidas sobre o 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coréia do Norte que começa hoje em Pyongyang. É o primeiro encontro em 36 anos. Kim Jong-Un, atual líder do país, vai anunciar mudanças na economia? Vai investir ainda mais em armas nucleares? Vai lançar mísseis nos próximos dias? Na teoria, o congresso serve para […]

KIM JONG-UN: as diferenças econômicas e sociais entre os dois países mostram diferentes retratos de uma mesma península / REUTERS/KCNA

KIM JONG-UN: as diferenças econômicas e sociais entre os dois países mostram diferentes retratos de uma mesma península / REUTERS/KCNA

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 21h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.

Sobram dúvidas sobre o 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coréia do Norte que começa hoje em Pyongyang. É o primeiro encontro em 36 anos. Kim Jong-Un, atual líder do país, vai anunciar mudanças na economia? Vai investir ainda mais em armas nucleares? Vai lançar mísseis nos próximos dias?

Na teoria, o congresso serve para traçar estratégias e escolher os novos burocratas que comandarão o país. Na prática, não é bem assim: os últimos congressos (e esse não deve ser diferente) serviram para afirmar a figura monolítica do líder nacional com coreografias e demonstrações de poder. Em 1980 Kim Il-Sung, avô do atual ditador, usou o congresso para eliminar facções rivais e manter sua família no poder.

Desta vez, os dilemas são outros. Espera-se pela confirmação da política “Byungjin” que prevê alinhar o crescimento econômico com o investimento militar. Mostrar força é fundamental para Kim. Na semana passada, a Coréia do Norte falhou ao lançar um míssil de médio-alcance. É a terceira tentativa frustrada em menos de um mês.

No campo econômico, é improvável que o congresso anuncie medidas radicais que o país tanto precisa. A Coréia do Norte é um dos países mais pobres do mundo com um PIB per capita de 1.800 dólares – 12% do brasileiro. A população do interior sofre com falta de comida e energia. Kim deve anunciar investimentos periféricos em mercados como o turismo.

Os anúncios devem ser acompanhados por poucas testemunhas. Em 1980, cerca de 120 países enviaram representantes. Desta vez, nem a aliada China terá um enviado. O mundo vai ver, à distância, que rumo a Coréia do Norte vai tomar.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Mundo

Zelensky critica tentativas de China e Brasil de impor novo plano de paz

Consumidores dos EUA começam a procurar porções menores nos restaurantes, diz relatório do setor

Exército de Israel diz que tropas devem ficar prontas para uma possível entrada no Líbano

"Aumento do nível do mar modificará economia, política e segurança", alerta chefe da ONU