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Coreia do Norte pode ter relançado plano nuclear, diz AIEA

O programa nuclear da Coreia do Norte parece ter sido relançado, diz a Agência Internacional de Energia Atômica


	Coreia do Norte: especialistas detectaram atividade operacional em reator
 (KNS/AFP)

Coreia do Norte: especialistas detectaram atividade operacional em reator (KNS/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 08h48.

Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou nesta sexta-feira em Viena (Áustria) que o programa nuclear da Coreia do Norte, por meio do qual o país realizou três testes atômicos desde 2006, parece ter sido relançado após um período de suspensão.

Em um relatório aos Estados-membros do organismo, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que especialistas detectaram atividade operacional no reator de Yongbyon, que tem capacidade de produzir plutônio, um material que serve para fabricar bombas atômicas.

Desde 2009 os especialistas da AIEA não têm acesso à Coreia do Norte. "Mediante s análise de imagens de satélite, descargas de vapor e saídas de água de refrigeração em um reator, o organismo observou sinais consistentes com o funcionamento do reator", afirmou o responsável da agência nuclear da ONU.

Amano lembrou que em abril a Coreia do Norte anunciou que iria tomar medidas para "reajustar e reiniciar todas as instalações nucleares" em Yongbyon.

Isso incluiria a usina de enriquecimento de urânio, outro material usado em bombas atômicas.

As atividades do reator foram suspensas em 2007, dois anos antes do segundo teste nuclear.

Desde abril desse ano, os inspetores da AIEA não têm acesso às instalações nucleares do isolado país comunista. Por isso, a AIEA precisa recorrer a imagens por satélite para supervisionar o que ocorre na Coreia do Norte.

Segundo o organismo internacional, a supervisão não é completa nem pode confirmar o objetivo de todas as atividades, embora o que foi observado até agora em Yongbyon é "consistente com os anúncios da Coreia do Norte".

Amano afirmou que o programa norte-coreano é "preocupante" e as afirmações de Pyongyang de que tem "direito" de realizar testes atômicos são "profundamente lamentáveis" e "uma clara violação" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

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