Barris de petróleo: rebeldes carregaram o navio petroleiro no porto de Es Sider, no Leste, e a embarcação conseguiu escapar das forças navais líbias (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 14h59.
Seul - A Coreia do Norte negou nesta quinta-feira ter qualquer responsabilidade sobre o navio que foi carregado com petróleo em um porto controlado por rebeldes líbios e depois fugiu, e alegou que a embarcação de bandeira norte-coreana tem ligação com uma empresa egípcia.
O incidente representou a primeira venda de petróleo líbio sem passar pelo governo e foi uma grande humilhação para Trípoli, que não consegue controlar as milícias armadas que ajudaram a derrubar o ditador Muammar Gaddafi em 2011 e agora desejam tomar o poder e controlar a venda de petróleo.
O Parlamento líbio derrubou o primeiro-ministro Ali Zeidan na terça-feira, depois que os rebeldes carregaram o navio petroleiro no porto de Es Sider, no Leste, e a embarcação conseguiu escapar das forças navais líbias, em meio a relatos de troca de tiros.
Não se sabe para onde o navio planejava seguir viagem. A bandeira norte-coreana é considerada de conveniência, utilizada para esconder os verdadeiros proprietários de embarcações.
A Coreia do Norte disse que o navio violou suas leis e um contrato com uma empresa sediada em Alexandria ao transportar carga contrabandeada. O governo norte-coreano disse que tinha notificado a Líbia e a Organização Marítima Internacional sobre o rompimento de qualquer associação com o navio.
"Portanto, o navio não tem nada a ver com a RDPC no momento e não tem responsabilidade alguma no que diz respeito ao navio", disse a Administração Marítima do Norte, em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA. RDPC é a sigla para o nome oficial da Coreia do Norte, República Democrática Popular da Coreia.