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Coreia do Norte não teme ampliação de sanções, diz diplomata

O diplomata norte-coreano também afirmou que o país irá buscar uma "aceleração" de seus programas nucleares e de mísseis

Coreia do Norte: o governo Trump está considerando sanções radicais como parte de uma ampla revisão de medidas para conter a ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: o governo Trump está considerando sanções radicais como parte de uma ampla revisão de medidas para conter a ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 19h21.

Genebra - A Coreia do Norte não tem nada a temer sobre qualquer ação norte-americana para ampliar sanções que buscam cortar o país do sistema financeiro global e irá buscar uma "aceleração" de seus programas nucleares e de mísseis, disse à Reuters nesta terça-feira um diplomata de Pyongyang.

Isto inclui o desenvolvimento de "capacidades preventivas de primeiro ataque" e um míssil balístico intercontinental (ICBM), disse Choe Myong Nam, vice-embaixador da missão norte-coreana à ONU em Genebra.

A Reuters, citando uma autoridade sênior norte-americana em Washington, relatou na segunda-feira que o governo Trump está considerando sanções radicais como parte de uma ampla revisão de medidas para conter a ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.

"Penso que isto é resultado da visita do secretário de Estado (norte-americano, Rex Tillerson), ao Japão, Coreia do Sul e China... É claro que não temos medo de nenhum ato como este", disse Choe à Reuters.

"Até mesmo proibição do sistema internacional de transações, o sistema financeiro global, este tipo de coisa é parte do sistema deles que não irá nos assustar ou fazer qualquer diferença".

Ele chamou as sanções existentes de "hediondas e desumanas".

A Coreia do Norte está sob sanções há "meio século", mas o Estado comunista sobrevive ao enfatizar o juche, ou "autossuficiência", disse. O país busca a criação de um fórum para examinar a "legalidade e legitimidade do regime de sanções".

Ele denunciou exercícios militares conjuntos anuais realizados atualmente pelos Estados Unidos e Coreia do Sul na península dividida e criticou comentários de Tillerson durante encontros com aliados regionais na semana passada.

"Tudo que ele falava era sobre os Estados Unidos tomarem ações militares contra a República Popular Democrática da Coreia", disse Choe.

A Coreia do Norte rejeita afirmações de Washington e Seul de que os exercícios militares são defensivos. Eles envolvem bombardeiros nucleares estratégicos e um submarino nuclear Columbus que recentemente entrou em portos sul-coreanos, disse Choe.

"À luz de tais grandes forças militares envolvidas nos exercícios militares conjuntos, não temos outra escolha a não ser continuar com nossa total aceleração dos programas nucleares e programas de mísseis. Isto é por conta das atividades hostis por parte dos Estados Unidos e Coreia do Sul".

"Nós fortalecemos nossa capacidade de defesa nacional, assim como capacidades preventivas de primeiro ataque com forças nucleares como peça central", disse Choe.

Ele se negou a dar detalhes técnicos sobre o mais recente teste de motor de foguete da Coreia do Norte, no domingo, visto como um possível antecessor a um voo parcial de um míssil balístico intercontinental, chamando o teste de um grande evento histórico que levará a "resultados frutíferos".

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