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Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear, diz ONU

A organização afirma que não há indícios de que a Coreia do Norte tenha interrompido suas atividades nucleares desde a cúpula entre Kim e Trump em junho

Kim Jong-un se mostrou disposto a acabar com seu programa atômico, durante seu encontro com Moon Jae-in em abril (KCNA/Reuters)

Kim Jong-un se mostrou disposto a acabar com seu programa atômico, durante seu encontro com Moon Jae-in em abril (KCNA/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 12h43.

Viena - A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), no qual a organização adverte que as atividades atômicas do país asiático seguem gerando "grave preocupação".

"A continuidade e o posterior desenvolvimento do programa nuclear da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte) e as declarações a respeito da RPDC são motivo de grande preocupação", garantiu a AIEA em seu documento.

A organização afirma, portanto, que não há indícios de que Pyongyang tenha interrompido suas atividades nucleares desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jon-un, anunciaram em junho sua disposição para conseguir a desnuclearização da região.

Em seu documento, a AIEA enumera as resoluções de condenação que o Conselho de Segurança emitiu após os sucessivos testes de armas nucelares pela Coreia do Norte.

"Contrariamente aos requerimentos dessas resoluções, a RPDC não abandonou seu programa nuclear existente de forma completa, verificável e irreversível, nem interrompeu todas as atividades relacionadas", segundo o relatório, redigido pelo diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano.

Amano lembrou que, no começo do ano, o regime norte-coreano anunciou que tinha alcançado seu objetivo de "aperfeiçoar as forças nucleares nacionais" após as seis detonações de armas atômicas realizadas entre 2006 e setembro do ano passado.

Depois, Kim Jong-un mostrou seu compromisso de acabar com seu programa atômico, primeiro em um encontro em abril com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e depois na histórica reunião com Trump em Singapura.

A AIEA também assegura que continua sem poder realizar inspeções na Coreia do Norte e que, portanto, seu "conhecimento do programa nuclear da RPDC é limitado".

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